Ao todo, seis áudios foram produzidos pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) alertando sobre a disseminação de informações falsas.
Uma campanha da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) tem o objetivo de combater a desinformação e o avanço das fake news sobre a vacinação contra a Covid-19 entre os povos indígenas na Amazônia. Ao todo, seis áudios foram produzidos pela organização alertando sobre a disseminação de informações falsas.
Segundo o boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas (FVS-AM), até o domingo (14), o estado tinha 347 indígenas aldeados infectados pela Covid-19. O numero total de casos confirmados, desde o início da pandemia, ultrapassa os 8 mil. No total, 118 indígenas já morreram em decorrência da doença.
O material explica, ainda, como as vacinas funcionam, destacando que, antes de serem disponibilizadas à população, elas passaram por uma série de testes minuciosos e extremamente cuidadosos, para que chegassem até as pessoas de forma a garantir uma imunização segura.
A ideia é estimular o compartilhamento dos áudios entre os indígenas, através dos aplicativos de mensagens. A comunicadora indígena Samela Sateré Mawé, envolvida no projeto, destaca a importância da vacinação como forma de resistência.
“Nós, povos indígenas, somos resistência. Nós resistimos há mais de 520 anos. A resistência é feita de lutas, é feita de muitas formas. E, hoje, uma das formas mais significativas de resistência é a vacinação, a imunização dos nossos parentes”, destacou.
Segundo a Fundação, a preocupação em garantir a imunização das populações indígenas é motivada por dados alarmantes. A taxa de mortalidade pela Covid-19 entre os indígenas da Amazônia Legal é 150% mais alta do que a média nacional, segundo uma análise feita pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e o Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam).
Sem oferta de serviços básicos como assistência médica, infraestrutura e acesso à informação, essas populações historicamente vulneráveis estão sendo duramente afetadas pela pandemia.
FONTE: G1 AM