Atleta vestiu a camisa 12 da seleção brasileira de vôlei sentado, em Tóquio. Em 2016, ela integrou a primeira equipe brasileira a conquistar uma medalha olímpica na modalidade.
A atleta amazonense Laiana Rodrigues foi medalhista de bronze nas Paralimpíadas de Tóquio, pela seleção brasileira feminina de vôlei sentado. A tão sonhada medalha foi conquistada na sexta-feira (4). Em entrevista à Rede Amazônica, ela celebrou a vitória muito orgulhosa.
“A medalha de bronze é nossa. É do Brasil, é do Amazonas. Queria dizer para vocês que é difícil, deu muito trabalho, que teve muito treino, muita dúvida por conta de todo esse processo da pandemia, em relação a realização dos jogos ou não, mas que seguimos. Temos que ter fé em Deus, em nós mesmos e ir atrás”, declarou.
Com a camisa 12 da seleção, essa foi a segunda vez que Laiana ganhou o bronze olímpico. Em 2016, nas Paralimpíadas do Rio, ela integrou a primeira equipe brasileira a conquistar uma medalha olímpica na modalidade.
A paratleta de 39 anos deixou Tóquio nesta segunda-feira (6) em direção a São Paulo, celebrando a vitória. Ela lembra que teve que unir o apoio que recebeu de treinadores, amigos e familiares.
“Para tudo isso acontecer, tem que ter um monte de pessoas junto da gente, porque se sonhar só, aquele desejo não passa de um sonho. Mas quando você está junto de outros, fica tudo diferente”, contou.
A história de Laiana na modalidade começou em 2014, quando a paratleta começou a praticar vôlei sentado e foi vista pelo então presidente da Associação Brasileira de Vôlei Sentado (ABVP) que estava em Manaus para uma capacitação junto com o Comitê Paralímpico Brasieliro (CPB).
Na época, ela foi convidada para fazer testes para seleção até ser convocada para os jogos oficiais. Ela considera estratégia e foco fundamentais na preparação para as disputas.
“Existe estratégia, muito estudo, muito treino e persistência para poder subir em um pódio. A gente lembra de toda essa trajetória e principalmente da forma com que conseguimos nos apresentar aqui”, conta Laiana.
A pandemia também foi desafiadora para a meio de rede manauara, que teve que treinar em casa como forma de prevenção à Covid no período de isolamento.
“Daí veio toda essa pandemia que nos deixou bem remexidos, mas assim, muito confiantes ainda. Nesse período fizemos vários treinamentos, em casa mesmo. Teve todo um conjunto de fatores, fora nossa família, amigos, amantes da própria modalidade, do esporte. Para chegar até aqui tivemos que ter todo esse suporte”, finaliza.
Entre as conquistas de Laiana em disputas mundiais estão: medalha de prata nos jogos Parapan-Americanos do Peru; medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio; bronze na disputa Intercontinental da China; e prata nos jogos Parapan-Americanos de Toronto.
FONTE: Por G1 AM