Ministro da Saúde está em Nova York, com o presidente Jair Bolsonaro; governo deve anunciar doação de vacinas ao Haiti
Acompanhando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em viagem aos Estados Unidos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que não faltam vacinas contra a Covid-19 no Brasil e defendeu o amplo acesso dos países aos imunizantes. A declaração foi dada a jornalistas na saída do hotel em que está hospedado, em Nova York, na manhã desta segunda-feira (20).
Bolsonaro participa, na terça-feira (21), da Assembleia Geral das Nações Unidas. Hoje, o presidente da República se encontra com o premiê britânico, Boris Johnson, para tratar de questões ambientais.
Queiroga comentou que o governo brasileiro quer mostrar ao mundo que avançou na vacinação contra a Covid-19 e na vigilância sanitária e de variantes do coronavírus. Ele declarou que o país deve anunciar, durante a Assembleia, uma doação de vacinas ao Haiti. “O Brasil defende a ampliação do acesso às vacinas. Quando houver uma posição definitiva a cerca desse tema, conversaremos vocês (jornalistas).”
Ao comentar a suspensão da imunização de adolescentes, Queiroga criticou a falta de compromisso de estados com o Programa Nacional de Imunizações (PNI). De acordo com ele, governos estaduais começaram a vacinar jovens antes do previsto.
“Tenho defendido fortemente se obedecer as recomendações do PNI, o que lamentavelmente não é feito”, disse o ministro. “O que ocorre é que se vacinou de maneira diferente, e [dizem que] está faltando a segunda dose. Não está. É porque se distribuiu a vacina de uma forma desconforme.”
A recomendação do Ministério da Saúde para suspender a vacinação de adolescentes aconteceu após a morte de uma jovem de 16 anos, que recebeu o imunizante da Pfizer.
Na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que a adolescente não teve uma reação adversa à vacina, mas sim morreu em decorrência de uma doença denominada “Púrpura Trombótica Trombocitopênica” (PPT).
Queiroga disse que o caso ainda é analisado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). “A mim, como autoridade sanitária, cabe avaliar eventos adversos à vacina, que existem e não são motivo para se suspender campanha de vacinação ou se relativizar os seus benefícios”, disse. “Mas já adianto: mesmo que seja um evento adverso ligado à vacina, isso não invalida a vacinação.”
O ministro da Saúde ainda afirmou que a perspectiva do país é ter, no final de outubro, toda a população acima de 18 anos vacinada com duas doses.
FONTE: Por CNN