“Ninguém jamais deve ser morto por uma arma em um set. Ponto final”, diz publicação escrita por irmã de ator morto em acidente semelhante
A família do falecido ator Brandon Lee se manifestou após a notícia da morte da cineasta Halyna Hutchins e do ferimento do diretor Joel Souza, acidente ocorrido após o ator Alec Baldwin ter disparado acidentalmente contra eles no set do filme “Rust“.
De acordo com o escritório do xerife do Condado de Santa Fé, Hutchins, de 42 anos, foi declarada morta pela equipe médica do Hospital da Universidade do Novo México na quinta-feira. Souza, 48 anos, foi levado ao Centro Médico Regional Christus St. Vincent’s para atendimento.
Brandon Lee, que era o filho do ícone das artes marciais Bruce Lee, morreu aos 28 anos de idade em março de 1993, enquanto filmava o filme “O Corvo” na Carolina do Norte.
Seu nome começou ser mencionado no Twitter depois que internautas notaram as semelhanças nas circunstâncias que envolveram sua morte e a de Hutchins.
Em um post na página oficial de Lee no Twitter, seus parentes expressaram condolências à família de Hutchins e insistiram que tais tragédias nunca deveriam acontecer.
“Nossos corações estão com a família de Halyna Hutchins e com Joel Souza e todos os envolvidos no incidente de Rust”, diz a postagem do perfil administrado pela irmã de Brandon, Shannon Lee.
“Ninguém jamais deve ser morto por uma arma em um set. Ponto final”.
O jornal Los Angeles Times relatou na época que o ator, que estava no auge do estrelato do cinema com seu papel principal no thriller surrealista, foi fatalmente atingido por uma bala de calibre .44 quando o ator Michael Massee disparou uma arma de adereço que ele acreditava estar carregada de cartuchos vazios.
Após uma investigação, o promotor Jerry Spivey anunciou que nenhuma acusação criminal seria apresentada sobre a morte de Lee, dizendo que, embora a negligência fosse um fator, não havia evidência de delito criminal, informou o New York Times em setembro de 1993.
A mãe de Lee, Linda Lee Cadwell, entrou com uma ação civil contra o estúdio por negligência, o que acabou sendo resolvido fora do tribunal, informou o Los Angeles Times no mês seguinte.
Em 2005, Massee, que morreu em 2016 aos 64 anos, disse ter ficado traumatizado com a tragédia.
“O que aconteceu com Brandon foi um trágico acidente. É algo com que vou conviver… Demorei muito tempo não para entender o que aconteceu, mas para poder seguir em frente com minha vida”, disse ele à Extra TV.
“É muito pessoal. É algo que eu quero ter certeza de que quando eu trabalhar nunca mais se repetirá. Por isso, sou muito atento em relação às coisas dando errado no set”.
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FONTE: Por CNN