De um morro na orla do Rio Negro, na zona leste de Manaus, é possível admirar o Encontro das Águas – fenômeno natural na confluência dos rios Negro e Solimões. O mirante na Ponta das Lajes, no Bairro Colônia Antônio Aleixo, tem de potencial turístico, mas falta infraestrutura.
Para transformar o local em um ponto turístico, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), anunciou que vai tirar do papel um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, adquirido na gestão de Serafim Corrêa (2005-2008).
O projeto inclui um heliponto para que visitantes possam usar helicóptero em voo sobre os rios, um skyglass (plataforma estaiada de vidro e aço) com altura entre 50 metros e 60 metros acima do rio e visão panorâmica, e um elevador para acesso à faixa de praia. O Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano) está ajustando o projeto original para incluir espaços de piqueniques, estacionamentos e área administrativa.
Serafim Corrêa afirma que a ideia original de Niemeyer contempla, ainda, no pavimento do subsolo, um mirante-restaurante incrustado na rocha a uma altura de 40 metros com vista panorâmica para o Encontro das Águas, e uma rampa estaiada que permite que se ande em cima de um vidro para se ver mais de perto o Encontro das Águas a uns 50m acima da praia.
“Lá embaixo daria um jeito de se ter um acesso ao rio. Já estão fazendo um acesso precário, improvisado. Aos domingos, dezenas de famílias vão até lá tomar banho”, diz o deputado.
A estrada de acesso ao local é precária. A via está com buracos e sem asfalto. Quando anunciou a retomada do projeto em 1º de outubro, David Almeida (Avante) afirmou que a recuperação da via será, prioritariamente, realizada.
O cronograma do Implurb prevê a entrega do Parque Encontro das Águas no primeiro semestre de 2023. Os trabalhos na obra começarão somente após os estudos e o processo de licitação, o que deve ocorrer até o segundo semestre de 2022. Ainda não há orçamento.
Conceito
O arquiteto Niemeyer desenhou uma estrutura em concreto armado com o conceito de conciliar arte e arquitetura. Há o contraste geométrico entre formas arquitetônicas “orgânicas” – no caso, a representação dos rios – com a natureza exuberante.
FONTE: Por AMAZONAS ATUAL