A área, que vai compreender o sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia, busca desenvolver a região, criando empregos e oportunidades para os moradores.
Representantes do governo do Amazonas, da Suframa e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) se reuniram nesta terça-feira (16), em Manaus, para apresentar o projeto da Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira. A área, que vai compreender o sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia, busca desenvolver a região, criando empregos e oportunidades para os moradores da região.
Segundo os órgãos, o projeto visa criar um cinturão de proteção da floresta, oferecendo alternativas para o desenvolvimento socioeconômico da população daquela área. Ao todo, são 13 eixos, que vão desde indústria e comércio até cultura.
“Esses 13 eixos vão da bioeconomia, até a energia renovável, logística, cultura, turismo, planejamento estratégico, ou seja, são vários vetores. Eles vão se entrelaçando, e vão melhorar a qualidade de tudo o que ali é feito”, explicou o superintende da Suframa, general Algacir Polsin.
“A indústria também está presente com a bioeconomia, a agroindústria e a Suframa, este ano, já aprovou uma resolução que permite beneficio fiscal para aquelas indústrias que façam beneficiamento de matéria-prima regional vegetal ou agrícola, com redução do IPI e do crédito presumido dos produtos que saem da área incentivada”, complementou.
O primeiro passo, segundo o secretário de produção rural do Amazonas, Petrúcio Magalhães, será a regularização fundiária, para evitar que a floresta seja mais desmatada e para que haja um maior controle da área.
“Avançando nisso teremos mais comando e controle da área ambiental e também teremos licenciamento ambiental e acesso ao crédito rural que é um desejo dos produtores rurais, de quem mora naquela área, porque eles terão oportunidade de acessar tecnologia e garantir a nossa floresta em pé. É possível conciliar a produção de alimentos de forma sustentável, sem a necessidade de desmatar a floresta”, afirmou Magalhães
Ele também acredita que na prática já existe uma relação promissora entre os três estados e a Zona de Desenvolvimento Sustentável só vai potencializar, ainda mais, essa sinergia.
“Tem gente que mora em Porto Velho, mas tem fazenda no Amazonas, tem gente que mora no Amazonas e estuda no Acre. Então já existe uma relação muito forte nessa região e é uma região muito promissora”, disse.
Segundo Magalhães, a Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira pretende criar sinergia de projetos do Governo Federal e dos governos estaduais para potencializar essa zona e criar um modelo de desenvolvimento sustentável para o mundo.
O evento conta também com a participação da superintendente da Sudam, Louise Caroline Campos. Segundo ela, os órgãos pretendem lançar a Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira até o final do ano. Reuniões com técnicos dos estados do Acre e Rondônia também devem ser feitas nas próximas semanas para alinhar o projeto, que culminará com a assinatura do presidente Jair Bolsonaro, delimitando a área de proteção.
FONTE: Por G1 AM