Mesmo com expectativas positivas, inflação deve comprometer as vendas este ano
A Black Friday, uma das datas mais importantes para o comércio, chega este ano em um momento de alta na inflação. Mesmo com expectativas positivas por parte do setor, a taxa inflacionária — que já acumula 10,67% em 12 meses — deve prejudicar as vendas este ano.
De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve movimentar R$ 3,93 bilhões no país neste ano. Caso a estimativa seja confirmada, o faturamento das vendas online e presenciais apresentará crescimento de 3,8% em relação a 2020.
No entanto, ao descontar a inflação, o volume terá um recuo de 6,5% — o pior desempenho desde 2016.
Os eletrônicos, por exemplo, tiveram um reajuste médio de 30% nos preços desde o início da pandemia, por conta da escassez de matéria-prima e da alta do câmbio.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, mesmo com os descontos “os produtos devem ser mais caros do que no ano passado”. Isso ocorre por conta do impacto inflacionário.
O economista avalia que, para se chegar a um preço mais baixo do que os do ano passado, seria “preciso de um desconto em torno de 90% no valor do produto”.
Mesmo com preço alto, consumidor pretende comprar
De acordo com levantamento feito pela Gfk, 79% dos consumidores pretendem fazer compras na Black Friday. Dentre eles, pelo menos 87% pretendem gastar o mesmo ou mais que no ano anterior.
A preferência dos consumidores continua sendo através do e-commerce. Para a Black Friday deste ano, 78% dos clientes pretendem comprar online.
FONTE: Por CNN