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Após nota, Itamaraty avalia apoio a projeto de resolução dos EUA na ONU

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Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images

Governo aguarda receber uma minuta do projeto de resolução que os Estados Unidos irão apresentar no Conselho de Segurança da ONU para decidir se amplia sua manifestação contrária à invasão da Rússia na Ucrânia

Após a divulgação da nota em que pede o a suspensão imediata das hostilidades e o início de negociações diplomáticas, o Itamaraty aguarda receber uma minuta do projeto de resolução que os Estados Unidos irão apresentar no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para decidir se amplia sua manifestação contrária à invasão da Rússia na Ucrânia.

A tendência é de que o Brasil apoie o projeto. Além disso, a expectativa é de que o embaixador do Brasil nas Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, faça um discurso mais enfático na reunião emergencial do colegiado prevista para ocorrer nas próximas horas.

Diplomatas brasileiros diretamente envolvidos nas negociações avaliaram como positiva a resposta do governo brasileiro aos ataques. Havia receio de que o Palácio do Planalto retardasse uma manifestação, o que pudesse ser visto como apoio velado à Rússia. Mas a nota divulgada por volta das 11h, após aval do presidente, foi bem vista e os próximos passos começaram a ser debatidos.

Um é o apoio ao projeto de resolução americano, o outro o discurso do embaixador da ONU. Uma eventual manifestação de Bolsonaro também é considerada bem-vinda. Com a divulgação da nota, as pressões externas, em especial dos Estados Unidos e do Reino Unido, arrefeceram.

Desde a noite de ontem (23), representantes desses países fizeram contatos com diplomatas brasileiros cobrando uma posição mais dura do governo brasileiro. A visão predominante no Itamaraty é de que não mais se trata de adotar uma escolha pró-Estados Unidos ou pró-OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), mas sim uma escolha por regimes autoritários ou democráticos e, principalmente, pela defesa da soberania dos estados.

Entenda o ataque

Após semanas de tensão, a Rússia atacou a Ucrânia nas primeiras horas da madrugada desta quinta. Uma operação militar nas regiões separatistas do leste ucraniano, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país.

Autoridades da Ucrânia informaram que dezenas de pessoas morreram e seis aviões russos teriam sido destruídos. Na manhã desta quinta, longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev com moradores tentando deixar a região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

FONTE: Por CNN

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