Empresa russa Rosneft é concessionária de três blocos de exploração, localizados na Bacia dos Solimões, no Amazonas. Por enquanto, concessionária realiza estudos e tem até 2025 para declarar comercialidade da área.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirmou que o contrato com a concessionária russa Rosneft para exploração de petróleo no Amazonas segue normalmente, mesmo com o conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia.
De acordo com a ANP, atualmente, a empresa russa Rosneft é concessionária de três blocos de exploração, localizados na Bacia do Solimões, no Amazonas. São eles os blocos SOL-T-169, SOL-T-170 e SOL-T-192.
Os blocos estão na primeira fase do contrato de concessão, que é a fase de exploração da área, conforme a ANP. Com isso, a agência afirma que a atuação da Rosneft ainda não chegou no período de produção de insumos.
“Durante o período, as empresas fazem pesquisas para identificar o potencial dos blocos para a produção de petróleo e gás. Ou seja, no momento, ainda não há produção de petróleo e/ou gás nessas áreas”, explicou a ANP.
Questionados se há alguma movimentação de romper negócios com a Rosneft por conta da guerra na Ucrânia, a ANP informou que não pretende encerrar a concessão cedida para a concessionária atuar na região.
“As atividades de exploração e produção de óleo e gás no Brasil, em terra, são regidas por contratos de concessão, com cláusulas específicas que determinam os direitos e deveres da União e dos Concessionários. Estes contratos de concessão estão vigentes e serão seguidos normalmente“, informou.
A agência afirmou ainda que não houve mudança no planejamento ou na segurança dos blocos de exploração na região e que cabe à ANP, como agência reguladora, acompanhar a execução das atividades de exploração e produção, o que vem ocorrendo de acordo com o previsto no contrato.
Exploração deve continuar
Conforme a agência, a Rosneft tem um prazo estabelecido até o dia 31/10/2025 para declarar a comercialidade das áreas que foram concedidas para exploração, na Bacia do Rio Solimões.
A declaração de comercialidade é a notificação escrita do concessionário para a ANP, declarando uma jazida como descoberta comercial.
Gigantes do petróleo deixam Rússia
Na segunda-feira (28), a Shell anunciou que sairá de todas as suas operações russas, incluindo uma grande usina de gás natural liquefeito, tornando-se a mais recente grande empresa de energia ocidental a deixar o país rico em petróleo após a invasão da Ucrânia por Moscou.
A decisão aconteceu um dia depois a rival BP abandonar sua participação na petrolífera russa Rosneft, em um movimento que pode custar à empresa britânica mais de US$ 25 bilhões.
A Equinor, da Noruega, também confirmou sua saída da Rússia. A empresa informou que se manteve no país por 30 anos, mas que “a continuidade da atividade no país se tornou insustentável” durante a guerra.
A Shell disse em um comunicado que deixará seu principal negócio de GNL Sakhalin 2, no qual detém uma participação de 27,5%, e que é 50% de propriedade e operada pela gigante russa de gás Gazprom.
FONTE: Por G1 AM