O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) denunciou Caio Claudino de Souza, de 25 anos, por latrocínio – roubo seguido de morte. O homem é suspeito de ter matado Silvanilde Ferreira, servidora no Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), no dia 21 de maio, a facadas.
Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (15), na sede do MPE-AM, na avenida Coronel Teixeira, Zona Centro-Oeste de Manaus, a advogada da família de Silvanilde, Talita Lindoso, afirmou que com a denúncia do MPE, o caso que estava em segredo de justiça pode vir a público, e a população terá acesso ao autos para tirar as conclusões sobre o assassinato.
“O processo ainda se encontra em segredo de justiça, mas acredito que a partir do momento que venha a ser recebida a denúncia, o processo passa a ser público. Aí toda a população vai ter a possibilidade de ter acesso às provas e tirar as suas próprias conclusões. Mas o que podemos adiantar é que as provas são robustas e são conclusivas, tanto quanto à materialidade, quanto à autoria desse crime”, afirmou a advogada.
Durante a coletiva, a filha da servidora, Stephanie Veiga, declarou que é julgada nas rede sociais por estar seguindo a vida após a morte da mãe.
“As pessoas caem em cima de mim como se eu não tivesse o direito de tentar voltar a viver. As pessoas querem o que? Que eu esteja o tempo todo chorando?”, afirmou Stephanie.
Relembre o caso
De acordo com Boletim de Ocorrência (BO) registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em Manaus, na madrugada do dia 22, o corpo da servidora foi encontrado pela filha da vítima, Stephanie Veiga, ainda na noite do dia 21, um sábado.
Ela estava morta dentro do apartamento em que as duas moravam. O imóvel fica no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.
À polícia, Stephanie disse que tinha saído com o namorado, Igor Gabriel Melo e Silva. Ela afirmou, ainda, que tentou contato com a mãe duas vezes, por volta das 22h do dia 21, sem obter sucesso.
Stephanie disse que pediu ajuda ao porteiro do condomínio, que informou que ninguém atendia o interfone. O profissional afirmou à filha de Silvanilde que os veículos estavam todos nas respectivas vagas.
De acordo com o BO, a filha decidiu ligar para a mãe depois que recebeu um alerta no celular.
Ainda conforme o boletim, a jovem voltou ao apartamento junto com o namorado e encontrou o corpo da mãe estendido no chão da sala, de bruços sobre uma poça de sangue. O local não tinha sinais de arrombamento e o celular da vítima foi levado.
Dez dias após o assassinato, o suspeito do crime, Caio Claudino de Souza, foi preso e afirmou à polícia que matou a vítima porque queria dinheiro. Ele também alegou que estava sob efeito de drogas.
Caio Claudino trabalhava como vigilante da empresa responsável por fazer a segurança do condomínio onde a Silvanilde foi assassinada. Ela foi morta a facadas, e a Polícia Civil trata o caso como latrocínio – roubou seguido de morte.
Silvanilde era diretora da 15ª Vara do Trabalho de Manaus, que integra a estrutura do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11).
FONTE: Por G1 AM, colaborou Fábio Melo, da Rede Amazônica