O Amazonas registrou mais de 6 mil focos de queimadas nos 20 primeiros dias de setembro. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora o avanço do fogo no estado. O total de queimadas neste ano em todo o estado é de 16.155.
Em setembro, em números exatos, o estado já contabiliza 6.243 focos de calor. Com esse número, o Amazonas tem o pior setembro de queimadas dos últimos 24 anos.
O número de queimadas neste período representa 123% do total registrado no mês de setembro do ano passado.
O dia que mais teve focos de calor foi o dia 5 de setembro, considerado o dia da Amazônia. Na data em questão, o Amazonas chegou a registrar 913 queimadas. No dia 3, foram 848 e no dia 1º de setembro, 542
Entre os 10 municípios que registram os maiores números de focos de calor durante este mês, dois são amazonenses: Lábrea está na terceira colocação, com 725 queimadas, e Boca do Acre, na 7ª colocação, com 435.
As duas cidades ficam localizadas no Sul do Amazonas, região que, durante os últimos anos, vem registrando um aumento significativo de queimadas e também de desmatamento na Amazônia. A área é conhecida pela forte presença do agronegócio.
Na lista dos municípios que concentram a maior quantidade de focos de queimadas, estão Lábrea e Boca do Acre, cidades localizadas no Sul do estado. Lábrea, inclusive, está na 2ª colocação, com 1.835 focos de calor somente nos primeiros dias de setembro. Já Boca do Acre aparece na 6ª posição, com 1.017 incêndios.
Lábrea, inclusive, registrou temperaturas acima de 38ºC em setembro deste ano. Os dados são do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), divulgados diariamente. Segundo o órgão, no dia 5 de setembro, a cidade registrou a temperatura mais alta de todo o mês no estado: 38,6ºC. Já no dia 3, os termômetros alcançaram a marca de 38,3ºC, e no dia 2, 38,1ºC.
Lábrea fica localizada na chamada linha do fogo. Isso porque, durante o período do inverno amazônico, além das altas temperaturas, a região também registra os maiores números de desmatamento e queimadas. A região é a que concentra a maior parte do agronegócio do Amazonas.
FONTE: Por G1 AM/Foto: Inpe