Início Destaques Em operação contra governador do AC, PF faz busca e apreensão em...

Em operação contra governador do AC, PF faz busca e apreensão em condomínio de luxo em Manaus

Condomínio fica localizado na Ponta Negra, Zona Oeste da capital.

0
Gladson Cameli é governador do Acre. — Foto: Diego Gurgel/Secom

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quinta-feira (9), uma operação contra corrupção e lavagem de dinheiro na cúpula do governo do Acre. Em Manaus, a PF cumpre mandados de busca e apreensão em um condomínio de luxo na Ponta Negra, Zona Oeste da capital.

A ação é uma nova fase da operação Ptolomeu, iniciada em 2021 e que investiga, entre outros, o governador do Acre, Gladson Cameli (PP). Os mandados foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A operação, intitulada “Ptolomeu III”, foi deflagrada a partir de investigações da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República, da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União. Os nomes dos alvos não foram divulgados.

O STJ determinou o bloqueio de R$ 120 milhões em bens dos investigados, incluindo valores em contas bancárias, aeronaves, casas e apartamentos de luxo. Segundo a PF, o cumprimento dos mandados envolve mais de 300 policiais federais nesta quinta.

Além do Amazonas, há mandados sendo cumpridos no Acre, em Goiás, no Piauí, no Paraná, em Rondônia e no Distrito Federal. No Acre, equipes da PF fizeram buscas em gabinetes da Casa Civil e da Secretaria de Fazenda do estado.

Suposto esquema milionário

De acordo com material divulgado pela Controladoria Geral da União, a operação tenta desarticular uma “organização criminosa especializada em fraudar contratações públicas”. Há suspeita de que recursos da saúde, da educação e do BNDES para obras de infraestrutura e serviços de manutenção tenham sido desviados.

A CGU e a PF identificaram “superfaturamento e inexecução contratual em pelo menos quatro contratos com empresas da área de construção civil”.

Essas empresas receberam, desde 2019, mais de R$ 268,6 milhões em recursos públicos.​​​​ As evidências apontam uma série de condutas irregulares, incluindo:

  • uso de sócios ocultos para disfarçar a conexão das empresas com servidores públicos envolvidos nas contratações;
  • movimentações de altos valores em espécie (dinheiro vivo);
  • operação de “smurfing” – divisão das quantias em uma série de transações menores em contas correntes para não chamar a atenção dos órgãos de controle.

FONTE: Por G1 AM

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui