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Ibovespa opera abaixo de 100 mil pontos após decisão do Copom; dólar avança

Movimento pela manutenção dos juros brasileiros já era esperado, mas, contrariando as expectativas de comedimento, o BC subiu o tom no comunicado após a decisão

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Na véspera, o dólar fechou o dia cotado a R$ 5,236 na venda, em baixa de 0,17%; o Ibovespa, por sua vez, recuou 0,77%, aos 100.220,63 pontos 28/10/2021REUTERS/Amanda Perobelli

O Ibovespa operava em queda nesta quinta-feira (23), invertendo o movimento de alta visto mais cedo, enquanto investidores digerem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em manter a taxa Selic no elevado patamar de 13,75%.

O movimento de queda levou o principal índice da bolsa brasileira para abaixo dos 100 mil pontos. Por volta das 13h25 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 0,72%, aos 99.496,14 pontos, enquanto o dólar, no mesmo horário, tinha alta de 0,7%, aos R$ 5,274.

O movimento pela manutenção dos juros brasileiros já era esperado, mas, contrariando as expectativas de comedimento, o BC subiu o tom no comunicado após a decisão e não descartou a possibilidade de mais apertos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou o comunicado “muito preocupante”, na mais recente crítica de membros do governo à autoridade monetária e ao patamar de juros do país.

Na véspera, o dólar fechou o dia cotado a R$ 5,236 na venda, em baixa de 0,17%. O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,77%, aos 100.220,63 pontos.

O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2023.

Cenário internacional

No cenário internacional, bancos centrais seguem no radar, após autoridades da Suíça e Noruega indicarem que o ciclo de altas nos juros ainda não terminou.

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também decidiu sobre a política monetária do Reino Unido nesta quinta e elevou a taxa de juros em 0,25 p.p.

A autoridade disse esperar que o aumento da inflação esfrie mais rápido do que antes, apesar do aumento inesperado na taxa inflacionária divulgado na quarta-feira.

Soando mais otimistas sobre as perspectivas para o ritmo lento de crescimento econômico do país, os nove membros do comitê do BoE votaram por 7 a 2 a favor de um aumento de 25 pontos-base nos juros, para 4,25% – o 11º aumento consecutivo.

“O comitê continuará monitorando de perto as indicações de pressões inflacionárias persistentes, incluindo o aperto das condições do mercado de trabalho e o comportamento do crescimento salarial e da inflação de serviços”, disse o banco central.

“Se houver evidências de pressões mais persistentes, será necessário um maior aperto da política monetária”, acrescentou.

Na quarta, o movimento do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) trouxe alívio aos mercados.

Apesar da alta de 0,25 p.p. nos juros, a autoridade adotou um tom mais moderado para falar sobre a trajetória futura da taxa, ao dizer que “algum endurecimento adicional” da política monetária “poderá ser apropriado” para que a inflação convirja à meta.

FONTE: Por CNN

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