O nascimento do primeiro “bebê de proveta” aconteceu há 45 anos, em Bristol, na Inglaterra, em 25 de julho de 1978.
A menina Louise Brown representou um dos maiores avanços na medicina reprodutiva.
À CNN Rádio, no Correspondente Médico, o ginecologista e especialista em reprodução humana Vinicius Bassega disse que o nascimento trouxe muitas mudanças.
“Hoje já temos mais de 10 milhões de nascimentos com a utilização da fertilização in vitro, tem mais de 42 mil ciclos por ano, com perspectiva de aumento nos próximos anos”, afirmou.
De acordo com o especialista, até no aspecto familiar a técnica trouxe avanços.
“Hoje, ela possibilita gestação para transgêneros, casais homoafetivos, ou a ‘produção independente’, com paternidade ou maternidade solo”, lembrou.
Essa extensão para novas composições de famílias também trouxe “liberdade para mulheres, que podem congelar óvulos e postergar a gravidez para o momento que considerarem mais propícios.”
O ginecologista citou melhorias para “técnicas de cultivo, segurança para realizar congelamento de embriões e óvulos, além da melhoria nas taxas de sucesso.”
Agora, é possível “selecionar o embrião com maior potencial.”
Isso significa que eles passam por avaliação genética, para apontar se o embrião é geneticamente normal e qual o potencial de implantação.
“Lá atrás transferiam-se mais embriões, temos tendência hoje a tentar selecionar o melhor embrião e transferir um por vez”, completou.
Anteriormente, a taxa de sucesso de gravidez para uma fertilização era entre 15 e 20%, e, atualmente, ela chega a 50%.
“Devemos lembrar que há vários fatores que podem influenciar, como idade e outras patologias”, explicou.
Vinicius apontou que o ideal para o congelamento de óvulos é até os 35 anos de idade, já que, após isso, há queda na qualidade e quantidade.
Também não há limite para período máximo de congelamento.
FONTE: Por CNN