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Gisèle Pelicot, sobrevivente de estupro coletivo, é eleita uma das Mulheres do Ano de 2025 pela revista Time

Caso da francesa que foi drogada pelo marido por 10 anos para que estranhos a estuprassem ganhou repercussão no ano passado após denúncia e julgamento dos culpados.

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Gisèle Pelicot compareceu a quase todas as audiências do julgamento iniciado em setembro — Foto: Reuters

A francesa Gisèle Pelicot, sobrevivente de um caso de estupro coletivo que resultou na condenação de 51 homens, incluindo seu próprio marido, foi eleita uma das Mulheres do Ano de 2025 pela revista Time.

Ela integra a lista divulgada no dia 20 de fevereiro ao lado de 12 outras homenageadas, como a atriz Nicole Kidman e a ginasta Jordan Chiles. Segundo a Time, as escolhidas são “líderes extraordinárias que estão trabalhando por um mundo melhor e mais igualitário”.

A ministra da Igualdade Racial do governo Lula, Anielle Franco, foi eleita pela revista como uma das 12 mulheres do ano em 2023.

Veja quem são as mulheres do ano de 2025, segundo a Time:

  1. Nicole Kidman – Atriz e produtora
  2. A’ja Wilson – Jogadora de basquete e MVP da WNBA
  3. Jordan Chiles – Ginasta olímpica
  4. Laufey – Cantora de jazz
  5. Anna Sawai – Atriz
  6. Amanda Zurawski – Ativista pelos direitos reprodutivos
  7. Claire Babineaux-Fontenot – CEO da Feeding America
  8. Fatou Baldeh – Ativista gambiana pelos direitos das mulheres
  9. Raquel Willis – Ativista e autora
  10. Olivia Munn – Atriz e defensora da conscientização sobre o câncer de mama
  11. Laura Modi – Cofundadora e CEO da Bobbie
  12. Purnima Devi Barman – Conservacionista
  13. Gisèle Pelicot – Voz para sobreviventes de violência sexual
Relembre o caso de Gisèle Pelicot

Por 10 anos, Dominique Pelicot dopou a esposa Gisèle Pelicot e convidou estranhos para ter relações sexuais com ela sem consentimento. Durante todo esse tempo, a vítima não sabia que estava sendo estuprada.

Gisèle só descobriu que era vítima de estupros em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual contra outras mulheres. À época, a polícia apreendeu um computador usado por ele e encontrou fotos da vítima sendo estuprada por vários homens.

Ao todo, segundo as investigações, Gisèle foi violentada por mais de 70 homens. Destes, 50 também se tornaram réus junto de Dominique e também foram condenados.

O caso ganhou repercussão em setembro, quando começou o julgamento. Na ocasião, Gisèle abriu mão do direito ao anonimato e resolveu tornar todo o processo público. A vítima disse que tomou essa decisão para impedir que casos semelhantes aconteçam com outras mulheres.

FONTE: Por G1

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