
Uma criança de 2 anos foi resgatada na quarta-feira (11) em uma casa na Zona Leste de Manaus, mais de um mês após ter sido sequestrada da residência onde vivia com a mãe. Nesta quinta-feira (12), o menino embarcou para Belo Horizonte, acompanhado por um psicólogo da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), para reencontrar a mãe, que fugiu por medo e atualmente vive com um novo companheiro em uma cidade de Minas Gerais.
Conforme apuração do g1, o menino foi retirado sem autorização por suspeitos armados, e um deles se apresentou como pai da criança.
Segundo a defensora pública Kanthya Pinheiro, a criança é brasileira e filha de mãe venezuelana que, atualmente, vive em uma cidade de Minas Gerais, e que procurou a Defensoria Pública local para relatar o caso.
A Defensoria Pública do Amazonas foi acionada e localizou a criança em uma casa onde viviam familiares do homem que se apresentou como pai.
Ainda segundo o órgão, foi iniciado um processo judicial para garantir o resgate da criança.
“Recebemos, por carta precatória, um processo judicial para o cumprimento da busca, apreensão e reintegração dessa criança. Tentamos localizar o endereço, mas, inicialmente, ela não foi encontrada. Somente ontem [quarta-feira] conseguimos cumprir a ordem judicial. A criança foi localizada e encaminhada ao sistema de acolhimento, em um abrigo municipal”, disse a defensora.
Como a mãe não tinha condições de viajar até a capital amazonense para reencontrar o filho, a Defensoria Pública e a Sejusc providenciaram o transporte do menino de volta a Belo Horizonte.
Ele deixou Manaus em um voo no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, acompanhado de um psicólogo da Sejusc, por volta das 16h desta quinta-feira, com destino à cidade onde mora com a família.
“A gente sente que está cumprindo nossa missão, fazendo o nosso trabalho de garantir direitos. É para isso que a gente trabalha, é essa a nossa razão de levantar todos os dias: garantir que essas crianças tenham o direito de estar com os seus”, disse a secretária da Sejusc, Rosalina Lôbo.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil para saber se os suspeitos pela retirada da criança serão responsabilizados criminalmente, mas ainda aguarda resposta.
FONTE: Por G1 AM