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Bibliotecas, escolas e organizações sociais podem pedir livros da campanha ‘Leia para uma Criança’

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Livros distribuídos em campanha de leitura no AM — Foto: Divulgação

Títulos selecionados tratam de literaturas negra e indígena com autores brasileiros. Ao todo, serão distribuídos dois milhões de livros.

Dois milhões de livros infantis serão distribuídos gratuitamente neste ano no programa “Leia para uma Criança”. Os livros serão destinados a escolas e creches públicas, bibliotecas comunitárias, organizações da sociedade civil (OSCs) e outros equipamentos públicos voltados para a garantia de direitos das crianças de 0 a 6 anos.

As obras selecionadas para esta edição são “Enquanto o almoço não fica pronto” e “Os olhos do jaguar”, de autores brasileiros que tratam de literaturas negra e indígena.

O objetivo do programa é garantir o direito à leitura para famílias em situação de maior vulnerabilidade, especialmente as que foram mais impactadas na pandemia.

Além dos dois livros físicos, estão disponíveis também 16 títulos da estante digital e o acervo de 20 obras já distribuídas em anos anteriores, em versões audiovisuais acessíveis.

A Estante Digital possui títulos exclusivos com mais de 15 milhões de acessos. A mediação de leitura tem sido a estratégia difundida pelo programa para os adultos que, de posse do livro, interagem com crianças nesse momento de afeto e aprendizado. Mais que contar uma história, a ideia é que a família convide a criança a interagir e se engajar com o processo.

Livros de 2021

Os livros selecionados foram:

  • Enquanto o almoço não fica pronto – Editora Zit

A obra descreve uma típica manhã na casa de uma família negra brasileira. Feijão na panela, samambaia na parede, vira-latas fazendo festa. Uma manhã onde parece que quase nada acontece, mas que, na verdade, é uma aventura pelo universo da ternura. Escrito por Sonia Rosa, o livro conta com versos delicados e ilustrações vibrantes de Bruna Assis Brasil e faz um convite para que as crianças observem e percebam os afetos do dia a dia.

  • Os olhos do jaguar – Editora Jujuba

Autor de livros de literatura indígena, Yaguarê Yamã trouxe neste livro uma história oriunda das culturas dos povos Sateré-Mawé e Maraguá, passada de geração para geração. Com ilustrações de Rosinha, cheia de cores e formas que demonstram as riquezas da floresta, o livro conta sobre o relacionamento do jaguar, todo esperto, com os outros animais. Porém, ele se viu em uma situação que precisou da ajuda do inhambu, uma ave comum da Amazônia, para poder continuar sua trajetória. O autor acrescentou no texto várias palavras da língua maraguá e, ao final da obra, é possível saber mais sobre seu povo, que vive no estado do Amazonas.

Como solicitar

As instituições podem solicitar um kit, ou seja, os dois livros, para cada criança atendida ou matriculada. Basta acessar itausocial.org.br/leiaparaumacrianca. Como os livros são destinados exclusivamente para crianças de 0 a 6 anos, o solicitante que não atender esse público não estará apto a participar do programa.

Podem participar: secretarias municipais de Educação; creches e escolas públicas ou sem fins lucrativos; organizações da sociedade civil; bibliotecas públicas e comunitárias; centros de acolhimento e outros aparelhos públicos, como UBS (Unidade Básica de Saúde), CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).

As solicitações serão analisadas e podem ser aprovadas ou reprovadas segundo os critérios de vulnerabilidade social do município, disponibilidade de estoque, regionalidade, entre outros. Pedidos que ultrapassem o número total de crianças matriculadas ou atendidas não serão contemplados.

É possível solicitar ainda as versões das obras em Braile e fonte ampliada para crianças com deficiência visual, e em formato audiovisual com múltiplos recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. Mas, devido ao número limitado de livros nestes padrões, há prioridade para os municípios em maior situação de vulnerabilidade. As versões audiovisuais acessíveis também podem ser acessadas on-line, na página do programa, por responsáveis de crianças com deficiência.

FONTE: G1 AM

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