Ex-dançarina é formada em jornalismo e integra equipe de comunicação social da corporação. Policial recebeu críticas por ascensão na carreira e usou redes sociais para rebater.
Formada em jornalismo, a servidora pública Silmara Bezerra Miranda, de 40 anos, realiza o sonho de trabalhar na Polícia Rodoviária Federal (PRF). Com menos de um ano no serviço público, a agente – que ficou conhecida no início dos anos 2000 por ser a “loira do grupo É o Tchan” – foi promovida a um cargo de confiança em Brasília.
A promoção, no entanto, foi chamada por colegas de “ascensão supostamente meteórica“, o que fez com que Silmara reagisse às críticas. Na terça (2), ela usou as redes sociais para rebater os comentários.
“Para esta função não existe absolutamente nenhum critério de antiguidade, sendo um cargo de livre nomeação e exoneração”, diz a policial rodoviária.
Em 2003, aos 22 anos, Silmara integrou o grupo musical para substituir a dançarina Sheila Mello. Natural do Rio de Janeiro, a artista permaneceu no “É o Tchan” até 2007, quando passou a se dedicar aos estudos para a carreira policial.
A ex-dançarina já cursou educação física, mas concluiu a formação em jornalismo. Em seguida, concluiu o MBA (especialização) em jornalismo estratégico e em assessoria de imprensa.
Inicialmente, a servidora tomou posse na PRF na superintendência de Santa Catarina. Quando passou a integrar a equipe de comunicação social da corporação, veio morar em Brasília, em outubro de 2020. Antes, Silmara já havia morado no Distrito Federal e sonhava em voltar.
Nas redes sociais, a servidora pública compartilhou que também já foi aprovada em um concurso da Polícia Civil de Santa Catarina para o cargo de escrivã, em 2017. Antes disso, em 2011, a agente teve a primeira filha que, hoje, tem nove anos.
O g1 entrou em contato com a policial e com a PRF, nesta quinta-feira (4), porém, não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Rotina de estudos
Nas redes sociais, Silmara também detalhou sobre a rotina de estudos até a aprovação no concurso. De acordo com ela, para ser aprovada na PRF, foram dois anos debruçadas sobre os livros.
“É tudo bem demorado mesmo. Mas vale muito a pena”, disse a ex-dançarina sobre o tempo de estudo e a aprovação.
A policial conta que iniciou os estudos ainda em 2017. A prova que foi realizada em 2019. “Estudava o dia todo, não saía, chorava, engolia o choro e começava tudo de novo”, disse.
Silmara lembra ainda que estudava cerca de cinco horas por dia e, em alguns dias, estendia o horário para oito horas. “Concurseiro sofre”, brincou a ex-dançarina, em uma publicação.
Críticas
Silmara Miranda, ex-loira do grupo É o Tchan e policial rodoviária federal — Foto: Redes sociais/ Reprodução
Silmara tomou posse na PRF em novembro de 2020, em Florianópolis. Menos de um ano depois, em 21 de outubro passado, ela foi nomeada para um cargo de confiança no setor de comunicação social da corporação, em Brasília.
O que foi chamado por colegas de “ascensão supostamente meteórica”, fez com que Silmara reagisse às críticas. Silmara usou as redes sociais para rebater os comentários.
A servidora contou que a oportunidade de transferência para Brasília foi oferecida para todos os policiais que integram o quadro da PRF, em um processo seletivo interno, divulgado em 22 de fevereiro passado.
“No entanto, apenas 10 se inscreveram manifestando a vontade de morar na capital federal”, diz ela.
A ex-loira do Tchan apontou ainda que “a ausência da verdade teve o objetivo de prejudicar a minha imagem e anular todo o esforço que fiz para chegar até onde cheguei”. Segundo ela, “a vontade de desempenhar um bom trabalho com iniciativa, proatividade e boa comunicação certamente ajudou na escolha para o cargo”.
FONTE: Por G1