Encontro deve acontecer nesta sexta-feira (20), segundo fontes próximas à agência das Nações Unidas (ONU)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve realizar uma reunião de emergência para discutir os casos em humanos da varíola dos macacos nesta sexta-feira (20), segundo fontes próximas à agência das Nações Unidas (ONU).
O comitê que se reunirá é o Grupo Consultivo Estratégico e Técnico sobre Riscos Infecciosos com Potencial de Pandemia e Epidemia (STAG-IH, na sigla em inglês), que aconselha a OMS sobre riscos de infecção que podem representar uma ameaça à saúde global.
Mais de 100 casos da infecção viral, que se espalha por contato próximo e geralmente apresenta quadros leves, foram relatados recentemente fora dos países da África onde a doença é endêmica.
Características da doença
A varíola dos macacos (Monkeypox) é uma doença transmitida de animais para humanos (zoonose) silvestre. As infecções humanas incidentais ocorrem esporadicamente em partes florestais da África Central e Ocidental.
A doença é causada pelo vírus da varíola dos macacos, que pertence à família dos ortopoxvírus, e pode ser transmitido por contato e exposição a gotículas exaladas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.
A doença é muitas vezes autolimitada com sintomas geralmente desaparecendo espontaneamente dentro de 14 a 21 dias. Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões podem ser muito pruriginosas ou dolorosas.
O reservatório animal permanece desconhecido, embora seja provável que esteja entre os roedores. O contato com animais vivos e mortos através da caça e do consumo de caça ou carne de caça são fatores de risco conhecidos.
Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos, o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes leve a doenças graves em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada.
A taxa de mortalidade de casos para o grupo da África Ocidental foi documentada em cerca de 1%, enquanto para o da Bacia do Congo, pode chegar a 10%. As crianças também estão em maior risco, e a varíola durante a gravidez pode levar a complicações, como varíola congênita ou morte da criança.
Casos mais leves de varíola podem passar despercebidos e representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa. É provável que haja pouca imunidade à infecção naqueles que viajam e expostos, pois a doença endêmica é geograficamente limitada a partes da África Ocidental e Central.
FONTE: Por CNN