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Pais denunciam superlotação e demora no atendimento de crianças no Hospital Joãzinho, em Manaus

Os genitores denunciam a falta de informações, demora no atendimento e ameaças de funcionários da unidade de saúde.

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Pais reclamam de demora no atendimento no Hospital e Pronto-Socorro Infantil Joãzinho. — Foto: Sandro Feitoza/Rede Amazônica

A movimentação intensa na emergência do Hospital e Pronto-Socorro Infantil Joãozinho, na Zona Leste de Manaus, deixou pais de crianças doentes revoltados. Eles denunciam a falta de informações, demora no atendimento e ameaças de funcionários da unidade de saúde. Há relatos de espera superior a 8 horas.

A Rede Amazônica aguarda um posicionamento da Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) sobre as denúncias.

Filas extensas, faltas de respostas, demora no atendimento e em resultado de exames estão entre as reclamações. À Rede Amazônica, pais relataram horas de espera e preocupação com a piora da doença dos filhos.

Pai de uma das pacientes, o pedreiro Raimundo Bandrão contou que já foi até a unidade de saúde algumas vezes, mas não conseguiu garantir atendimento para a filha. Com a movimentação intensa, muitos responsáveis cobram respostas dos funcionários da unidade de saúde.

Segundo o pedreiro, em um dos casos, pais e pacientes foram ameaçados por um segurança do hospital.

“Os pais se apavoram e querem uma explicação. Aí o segurança pega e vem com a maior brutalidade falando ‘se entrar, eu vou atirar’, e mete a mão no revolver e vem aquele vendaval medonho. Nós não estamos aqui para brigar com médico, com segurança, com ninguém, nossos filhos estão morrendo, estão enfermos, só queremos atendimento”, relatou o pai.

Longas filas de espera, dentro e fora, do Hospital e Pronto-Socorro Infantil Joãzinho. — Foto: Sandro Feitoza/Rede Amazônica
Longas filas de espera, dentro e fora, do Hospital e Pronto-Socorro Infantil Joãzinho. — Foto: Sandro Feitoza/Rede Amazônica

Às 21h de segunda-feira (8), a dona de casa Helen Costa relatou que estava esperando atendimento para a filha desde às 13h. A menina, com suspeita de pneumonia, esperava há horas pelo resultado de um exame.

“Minha filha convulsinou duas vezes hoje. Tô desde 13h aqui, aguardando o resultado de um exame. […] Enquanto isso as crianças morrem, passam mal […] não tem nem leito para as crianças deitarem”, contou a mãe.

A passagem pela triagem, primeira etapa de um atendimento hospitalar, também registrava horas de espera, na segunda-feira. A estudante Giovana Babrielle, mãe de uma bebê de 1 ano, relatou que estava há mais de 2 horas esperando ser chamada. Normalmente, o processo é a parte mais rápida do atendimento.

“É a segunda vez que eu venho aqui porque eu desisto de esperar. Não sei se minha filha está com alguma pneumonia ou alguma infecção, passa mal, vomita, e chegou aqui e é essa situação? Eu estou esperando há horas para triagem”, disse a mãe.

O g1 também procurou a SES-AM e aguarda retorno.

FONTE: Por G1 AM

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