Força-Tarefa foi realizada na manhã desta segunda-feira (15) para verificar se consumidores estão tendo direitos respeitados.
Uma força-tarefa entre órgãos públicos de fiscalização foi realizada na manhã desta segunda-feira (15) em postos de combustíveis de Manaus. Durante a ação, clientes reclamaram do preço alto da gasolina, que já passa de R$ 5 em postos da capital.
Segundo os órgãos, a fiscalização é para verificar se os consumidores estão tendo seus direitos respeitados na compra de combustíveis e de outros serviços prestados pelos postos.
Durante a fiscalização, o G1 conversou com o técnico em eletrotécnica Regilson Machado que foi abastecer o carro com gasolina em um posto e denunciou o preço do combustível.
“Está um absurdo [preço da gasolina], praticamente a gente está trabalhando para pagar gasolina. Agora estou indo para Iranduba e coloco R$100, antes eu colocava R$ 40. Essa quantia dá somente para ir e voltar, antigamente dava para andar mais um pouquinho pela cidade. Espero que os órgão tomem providência, tem que baixar um pouco o valor”, disse.
A força-tarefa foi realizada entre a Agência Nacional de Petróleo (ANP), Instituto Estadual de Defesa do Consumidor (Procon-AM) e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
O diretor do Procon-AM, Jalil Fraxe, disse reconhecer que a população está sendo prejudicada por conta do aumento excessivo do preço do combustível.
No último dia 8 de março, a Petrobras anunciou o sexto aumento dos preços da gasolina e do diesel que são cobrados em refinarias. No caso da gasolina, o preço médio do litro passará de R$ 2,60 para R$ 2,84, em uma alta de cerca de 9,2%.
“Os sucessivos aumentos refletem direto nesse preço bomba que nós, consumidores, estamos pagando. O Procon está sim encontrando algumas irregularidades, mas é importante que a população saiba que nós não podemos criminalizar as atividades econômicas, o que quer dizer que os postos também estão sendo vítimas desse aumento pois tem toda uma composição de preços”, explicou.
O chefe de fiscalização da ANP, Leônidas Vilhena, explicou um pouco sobre a relação do aumento do preço dos combustíveis.
“O preço dos derivados do petróleo dependem do preço internacional do petróleo. Como o preço internacional está bastante elevado, isso tem pressionado o preço dos derivados aqui no Brasil. Com relação a mitigar esses preços, essa questão é de ordem política e ANP não se envolve nessas questões”, comentou
Questionado sobre o que o órgão deve fazer na fiscalização, o diretor informou que devem verificar a questão da qualidade dos combustíveis e também sobre a questão da visualização da placa com preços de tributos, refinarias e ICMS.
A fiscalização deve ocorrer até o fim desta segunda-feira em postos de Manaus. Um balanço também deve ser apresentado pelos órgãos de fiscalização.
FONTE: Por Eliana Nascimento, G1 AM