Investidores analisavam as expectativas de crescimento do país através do Boletim Focus, que estimou um crescimento de 4,36% no PIB brasileiro em 2021
O dólar operava em leve alta ante o real na segunda-feira (7). Às 10h02, a moeda norte-americana avançava 0,46%, a R$ 5,0590.
Na B3, o Ibovespa mostrava variação negativa nos primeiros negócios do dia. Às 10h15, o principal índice da bolsa nacional recuava 0,26%, aos 129.785 pontos. Com a possibilidade de avanço na vacinação nacional, as ações de companhias aéreas se destacavam positivamente.
Investidores analisavam as expectativas de crescimento do país através do Boletim Focus. Após resultado positivo para o PIB (Produto Interno Bruno) no primeiro trimestre, a projeção do mercado financeiro para a alta do indicador em 2021 melhorou. Da semana passada para esta, a expectativa saltou de crescimento de 3,96% para 4,36%.
A previsão para a inflação deste ano também continua subindo, depois de ter superado o teto há uma semana. A estimativa já é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), finalize o ano em 5,44%.
Globalmente, investidores repercutiam dados da China e dos EUA. Em maio, tanto as exportações quanto as importações chinesas deram novos saltos em relação a um ano antes, favorecidas por uma base de comparação fraca influenciada pelos efeitos da pandemia de Covid-19. Ambos os resultados, no entanto, vieram abaixo das expectativas.
Já nos EUA, o mercado de trabalho criou menos empregos do que se previa no mês passado, segundo dados publicados na última sexta-feira (4). Ainda que decepcionante, o indicador gerou expectativas de manutenção de estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o que ajudou a impulsionar as bolsas de Nova York no fim da semana passada.
Lá fora
Os principais índices de Wall Street abriram perto da estabilidade, com os investidores em modo de espera antes de dados importantes sobre a inflação nos Estados Unidos esta semana, enquanto as gigantes da tecnologia davam de ombros para um acordo das nações mais ricas do mundo sobre um imposto corporativo mínimo global.
O Dow Jones tinha variação positiva de 0,03%, a 34.766,2 pontos. O S&P 500 tinha variação negativa de 0,01%, a 4.229,34 pontos, enquanto o Nasdaq Composite caía 0,08%, a 13.802,82 pontos.
Já as bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única e com variações modestas à medida que investidores digeriram dados mais fracos do que se esperava da China e dos EUA.
O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,27% em Tóquio hoje, a 29.019,24 pontos, e o sul-coreano Kospi avançou 0,37% em Seul, ao nível recorde de 3.252,12 pontos. Por outro lado, o Hang Seng caiu 0,45% em Hong Kong, a 28.787,28 pontos, e o Taiex recuou 0,37% em Taiwan, a 17.083,91 pontos.
Na China continental, os mercados tiveram ganhos contidos: o Xangai Composto se valorizou 0,21%, a 3.599,54 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,26%, a 2.413,90 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, após encerrar os três pregões anteriores em níveis recordes. O S&P/ASX 200 caiu 0,19% em Sydney, a 7.281,90 pontos.
FONTE: Matheus Prado, do CNN Brasil Business, em São Paulo com informações de Reuters e Estadão Conteúdo