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CPI convoca Google, Twitter e Facebook em razão de posts de Bolsonaro que desinformam sobre a pandemia

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FOTO: Reprodução Google

Comissão quer que redes sociais expliquem por que foram mantidas publicações do presidente com conteúdos negacionistas e contrários às medidas sanitárias.

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (23) a convocação de representantes do Google, Twitter e Facebook. O objetivo da comissão é questionar as empresas sobre o motivo de não tirarem do ar conteúdo considerado contrário às evidências científicas e às medidas sanitárias divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Os pedidos de convocação foram anunciados pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), na última sexta-feira (18). Agora a comissão ratificou a medida.

No dia anterior, Bolsonaro afirmou, durante transmissão ao vivo pela internet, que a contaminação pelo coronavírus pode ser “mais eficaz” que a própria vacinação. O Brasil registra até o momento mais de 18 milhões de infectados e mais de 502 mil mortos pela Covid.

“O senhor presidente da República tem o direito de falar a besteira que quiser, ele só não tem direito de produzir o aumento desses números aqui, de cada vez mais disseminar notícias sem lastro na ciência que produzem o aumento desses números”, afirmou Randolfe na ocasião.

“Por muito menos, o Twitter e o Facebook baniram o senhor Donald Trump”, reforçou o senador.

Usuários excluídos

Também nesta quarta, foi aprovado pedido para que o Twitter que encaminhe à CPI informações sobre as contas de usuários excluídas a partir de junho deste ano.

Os senadores querem obter a lista de todas as contas que foram apagadas, além dos respectivos dados utilizados para o cadastro e o motivo da exclusão.

Foram solicitados ainda a preservação de todo o conteúdo disponível em cada conta – mesmo aqueles eventualmente apagados – e o histórico completo de logins efetuados, com detalhamento do horário e endereços de IPs.

FONTE: Por Marcela Mattos e Sara Resende, G1 e TV Globo — Brasília

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