Início Amazonas No interior do AM, comunidade faz oficinas de empreendedorismo para estimular desenvolvimento

No interior do AM, comunidade faz oficinas de empreendedorismo para estimular desenvolvimento

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Cerca de 15 moradores da comunidade se reuniram na “Casa Punã”, onde viveram uma verdadeira imersão nas oficinas sobre empreendedorismo, durante a ação. — Foto: Patrick Marques/G1 AM

Oficinas aconteceram em casa centenária que estava abandonada e foi revitalizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), na comunidade Punã, entre municípios de Tefé e Uarini.

A comunidade Punã fica entre os municípios de Tefé e Uarini, no interior do Amazonas. Mais de 150 famílias, com cerca de 900 pessoas moram no local. Na última semana, os moradores da localidade participaram de uma série de oficinas sobre empreendedorismo para aplicarem em seu dia a dia.

As oficinas aconteceram em uma casa centenária que estava abandonada e foi revitalizada pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS), com o intuito de estimular o desenvolvimento da comunidade com a criação de diferentes projetos para os moradores.

Quem chega a comunidade logo vê a “Casa Punã”, já reformada para receber os moradores. Segundo o coordenador de projetos da FAS, Gil Lima, o local tem cerca de 100 anos e estava abandonado. Com a ideia de utilizar o espaço para atender a população, a Fundação revitalizou a estrutura, que foi inaugurada no início de junho de 2021.

“A ideia é justamente resgatar a história da criação da comunidade. O que ela representa pra os moradores, para a região. É um dos únicos prédios que estava em pé, mesmo que em ruínas. Então, a ideia era resgatar essa história cultural e evolução da região”, disse Lima.

Oficinas sobre empreendedorismo

A primeira atividade voltada ao público que a “Casa Punã” recebeu após a revitalização foi uma série de oficinas sobre empreendedorismo para a população. As oficinas, realizadas pela FAS, em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebrae-AM), tiveram início no fim da tarde de terça (29) e seguiram até a noite de quinta-feira (1º).

Cerca de 15 moradores da comunidade se reuniram na “Casa Punã”, onde viveram uma verdadeira imersão nas oficinas sobre empreendedorismo, durante a ação. Foram horas de discussões que foram desde a teoria até a prática do empreendedorismo com a criação de projetos pelos moradores.

Oficinas sobre empreendedorismo aconteceram na comunidade Punã, entre os municípios de Tefé e Uarini, no interior do Amazonas. — Foto: Patrick Marques/G1 AM
Oficinas sobre empreendedorismo aconteceram na comunidade Punã, entre os municípios de Tefé e Uarini, no interior do Amazonas. — Foto: Patrick Marques/G1 AM

“São jovens empreendedores que são alunos de um curso técnico, que vão ser egressos com esse olhar de processo bem prática. A ideia é que eles, a partir disso, sejam protagonistas da sua própria história e da comunidade”, afirmou o coordenador de projetos da FAS.

O estudante Pedro Diamantino, de 18 anos, mora com sua mãe e irmã em Punã. Durante as oficinas, ele se destacou com desenvoltura e diferentes ideias apresentadas durante as idealizações dos projetos para a comunidade.

“É uma oportunidade única para a nossa comunidade. Quando a gente tiver o sucesso desse projeto, as pessoas vão ter uma visão de melhorar a comunidade e ser um empreendedor. As pessoas vão querer abrir seus próprios negócios e assim empreender. Será uma grande oportunidade para todos”, afirmou o estudante.

Durante os dias em que as oficinas aconteceram, Diamantino sugeriu ideias, foi até campo fazer uma pesquisa de mercado com os moradores durante a idealização dos projetos e foi um dos responsáveis por apresentar três propostas finais para o superintendente geral da FAS, Virgilio Viana, ao fim da ação.

Para Pedro, os moradores puderam ter acesso a muitas coisas que não faziam ideia que poderiam ter acesso, como a oportunidade de apresentar projetos de empreendimentos e receberem possíveis financiamentos para os colocarem em prática.

“São tantas oportunidades. São coisas que a gente não sabia. Agora, nós temos conhecimento através dessas oficinas. Hoje eu sei como estruturar um projeto, solicitar um financiamento e ser um bom empreendedor dentro da minha própria comunidade”, afirmou Diamantino.

O estudante Pedro Diamantino, de 18 anos, é morador da Comunidade Punã. Ele se destacou com desenvoltura e diferentes ideias apresentadas durante as idealizações dos projetos para a comunidade. — Foto: Patrick Marques/G1 AM
O estudante Pedro Diamantino, de 18 anos, é morador da Comunidade Punã. Ele se destacou com desenvoltura e diferentes ideias apresentadas durante as idealizações dos projetos para a comunidade. — Foto: Patrick Marques/G1 AM

O representante do Cetam, Glauco Barros, contou que, durante as oficinas, os moradores da comunidade apresentaram um enorme engajamento com o projeto, com uma grande vontade de colocar os conhecimentos em prática.

“São alunos muito interessados. As oficinas ocorreram de uma maneira bem intensa. Começávamos pela manhã, entrávamos pela tarde e pela noite também, sem hora para terminar. Isso já demonstra que eles não estão medindo esforços para que tudo isso venha a se tornar realidade na vida deles”, afirmou Barros.

Futuro da ‘Casa Punã’

Apesar de já ter sido revitalizada, a “Casa Punã” ainda deve passar por adequações para também sediar um cinema, um restaurante e até uma pousada para futuros visitantes da comunidade.

Os empreendimentos foram idealizados e projetados durante as oficinas e devem ser geridos pelos próprios moradores da comunidade, para fomentar o turismo e trazer visibilidade para a comunidade.

O intuito da Fundação é que o local seja um ponto onde a população de Punã também possa colocar em prática os conhecimentos sobre empreendedorismo ensinados nas oficinas, gerando um desenvolvimento para as pessoas que moram no município.

Moradores de Punã após oficinas sobre empreendedorismo na comunidade. — Foto: Patrick Marques/G1 AM

Moradores de Punã após oficinas sobre empreendedorismo na comunidade. — Foto: Patrick Marques/G1 AM

Para o agricultor Alcione Meireles, de 45 anos, a ação foi importante para que os moradores aprendam como desde como gerenciar negócios, como maneiras de acessar recursos para eles. Para ele, a “Casa Punã” em atividade vai trazer oportunidades de emprego, conhecimento, formação e capacitação aos moradores.

“A ‘Casa Punã’ vai ser uma porta para várias oportunidades. A gente vê tudo que aprendemos com o empreendedorismo, vemos o tanto de facilidade que vamos ter a partir do funcionamento dessa Casa e os nossos jovens vão ter oportunidade de poder enxergar e abrir outro espaço em outras comunidades. Aqui é um projeto piloto, mas que sirva de exemplo para outras comunidades”, afirmou.

Para o agricultor Alcione Meireles, de 45 anos, a ação foi importante para que os moradores aprendam como desde como gerenciar negócios, como maneiras de acessar recursos para eles. Para ele, a “Casa Punã” em atividade vai trazer oportunidades de emprego, conhecimento, formação e capacitação aos moradores.

“A ‘Casa Punã’ vai ser uma porta para várias oportunidades. A gente vê tudo que aprendemos com o empreendedorismo, vemos o tanto de facilidade que vamos ter a partir do funcionamento dessa Casa e os nossos jovens vão ter oportunidade de poder enxergar e abrir outro espaço em outras comunidades. Aqui é um projeto piloto, mas que sirva de exemplo para outras comunidades”, afirmou.

FONTE: Por Patrick Marques, G1 AM

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