Negociação envolve US$ 105,6 milhões
A Petrobras informou hoje (12), no Rio de Janeiro, que assinou contrato para a venda da totalidade de sua participação no campo de produção de petróleo Papa-Terra, localizado na Bacia de Campos, no estado do Rio, com a empresa 3R Petroleum Offshore S.A. (3R Offshore).
“O valor da venda é de US$ 105,6 milhões, sendo US$ 6 milhões pagos hoje; US$ 9,6 milhões no fechamento da transação e US$ 90 milhões em pagamentos contingentes previstos em contrato, relacionados a níveis de produção do ativo e preços futuros do petróleo”, informou o comunicado da empresa.
Os valores não consideram os ajustes devidos e o fechamento da transação está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo a companhia, a venda do Campo Papa-Terra faz parte da gestão de portfólio, prática comum na indústria. “Ao realocar estrategicamente nossos investimentos, abrimos oportunidades para a diversificação na indústria de óleo e gás com novos investidores e trazendo resultados positivos para as empresas, para a indústria e sobretudo para a sociedade”, afirmou, em nota, o diretor de Exploração & Produção, Fernando Borges.
“O surgimento e o fortalecimento de outros players [estratégias] fomentam o desenvolvimento da indústria de óleo e gás, além do estímulo nas economias regional e nacional por meio de diversos canais: impostos, investimentos, geração de emprego e renda, bem como o aquecimento e consolidação da cadeia de suprimento”, disse o CEO [diretor] da 3R Petroleum, Ricardo Savini.
De acordo com a Petrobras, essa operação está alinhada à estratégia de otimização de portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, passando a concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas, onde tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos.
O que é o Papa-Terra
O Campo Papa-Terra faz parte da concessão BC-20 e está localizado em lâmina d’água de 1.200 metros. Ele iniciou sua operação em 2013 e sua produção média de óleo e gás em 2021, até junho, foi de 17,9 mil boe/dia, através de duas plataformas, P-61 do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Platform) e P-63 do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading), onde é realizado o processamento de toda a produção.
A Petrobras é a operadora do campo, com 62,5% de participação, em parceria com a Chevron, que detém os 37,5% restantes.
FONTE: Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro/Edição: Kleber Sampaio