Com a exoneração do Coronel Louismar Bonates, Mário Aufiero assume o cargo
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel PM Louismar Bonates foi exonerado do cargo pelo governador em exercício Carlos Almeida. O governador em exercício defendia a exoneração do secretário há algum tempo por suspeitas de envolvimento em irregularidades. Mário Jumbo Miranda Aufiero foi nomeado para o cargo.
Almeida e Lima estão com as relações estremecidas desde que o governador se tornou alvo de investigação da Polícia Federal por irregularidades em contratações durante a pandemia. Almeida, inclusive, acusou Lima de ser responsável pela crise do oxigênio em Manaus.
No dia 9 de julho, o titular da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai), da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSPAM) foi preso na Operação Garimpo Urbano. A operação em questão teve como objetivo coibir a ação de agentes públicos ligados a órgão de cúpula da Segurança Pública do Estado do Amazonas, supostamente envolvidos na subtração de ouro, mediante graves ameaças dirigidas aos transportadores do referido metal. Apura-se o monitoramento e abordagem das vítimas mediante uso de estrutura, pessoal e de expertise da Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (SEAI)
Nesta quarta-feira (21), o governo Wilson Lima foi, mais uma vez, destaque negativo na imprensa nacional. Após o caos na saúde do Estado e escândalos que motivaram operações da Polícia Federal, o Governo do Amazonas é criticado por causa da política de segurança pública que, segundo editorial do jornal Folha de S. Paulo, tem apresentado resultados “calamitosos”.
Para a Folha de S. Paulo, há problemas na segurança do Estado que colocam o Amazonas em uma situação desoladora. “Apesar do cenário desolador, o governador Wilson Lima não dá sinais de que mudará de rumo. O Amazonas está refém, pois, de uma nefasta união de ideologia e corporativismo que resulta em péssima política pública”.
A decisão de exonerar o secretário Bonates tomada por Carlos Almeida era uma medida que há muito tentava pôr em prática. A cabeça de Bonates já havia sido pedida pelo então ministro da Justiça Sérgio Moro, após na maior chacina das unidades prisionais do Amazonas, em que mais de 60 detentos foram massacrados na briga por facções criminosas rivais.
A situação da frágil estrutura da segurança pública do Amazonas diante do crime organizado também foi exposta após a onda de terror que abalou Manaus e algumas cidades do interior no começo de junho e que forçou a presença de tropas da Força Nacional no Amazonas para conter a situação.
Fonte: D24am