Aos 13 anos, Rayssa Leal se torna atleta brasileiro mais jovem a ganhar uma medalha na história das Olimpíadas
Em duas madrugadas de skate nas Olimpíadas, duas medalhas de prata para o Brasil. No street feminino, Rayssa Leal, caçula da delegação com só 13 anos, chegou a liderar a final, mas acabou superada pela japonesa Momiji Nishiya, também de 13 anos, e saiu com o segundo lugar.
Com a conquista, Rayssa, a Fadinha prodígio do Maranhão, se torna a mais jovem a conquistar uma medalha para o Brasil na história dos Jogos. Ela já era a atleta mais nova a disputar uma edição de Jogos Olímpicos pelo país.
“Faz o que tu ama, se diverte… Eu já falei muitas vezes, mas é só diversão”, comentou Rayssa, depois de receber a medalha no pódio ‘adolescente’ do street.
A equipe brasileira era favorita na disputa por medalha, já que as três participantes estão no top 5 do ranking mundial e também ficaram entre as cinco melhores no Mundial deste ano. Mas Pâmela Rosa, atual número 1 do mundo, e Leticia Bufoni, maior vencedora dos X Games, acabaram ficando fora das oito primeiras posições e nem avançaram à final.
Taekwondo na luta por medalha
A brasileira Milena Titoneli ainda pode conquistar uma medalha na manhã desta segunda-feira (26). Na categoria até 67 kg do taekwondo, ela venceu no início da manhã a haitiana Lauren Lee na repescagem da competição. Agora, Milena segue para a disputa do bronze, em combate que começa hoje ainda, às 8h30.
Milena estreou com vitória contra Julyana Al-Sadeq, da Jordânia. Em uma luta equilibrada, a brasileira conseguiu empatar a contagem com um golpe no último momento do terceiro round. Com isso, a disputa foi para o tempo extra. Novamente, as lutadoras terminaram em igualdade no placar. A arbitragem deu, então, a vitória a Milena por entender que ela foi superior no combate.
Na fase seguinte, as quartas de final, Milena perdeu para a croata Matea Jelic por 30 a 9 em uma luta em que ficou sempre em desvantagem. Como a europeia continuou avançando na competição, a brasileira conseguiu vaga na repescagem.
No masculino, o brasileiro Ícaro Miguel sofreu diante do italiano Simone Alessio, campeão mundial na categoria até 80 kg, na luta de estreia nas Olimpíadas. Ícaro perdeu a luta por nocaute ao sofrer um golpe na cabeça, quando o adversário já vencia o combate com a larga vantagem de 22 pontos a 3. O brasileiro ainda poderia ir para a repescagem caso Alessio vencesse o combate seguinte, mas o italiano perdeu para o egípcio Seif Eissa e a participação de Ícaro não foi além da primeira luta.
Brazilian Storm vai brilhando
A possibilidade de uma final brasileira na competição masculina do surfe se tornou um pouco mais palpável nesta segunda-feira. Pelas oitavas de final, Gabriel Medina venceu o australiano Julian Wilson em uma bateria de alto nível por 14,33 a 13,00, enquanto Ítalo Ferreira passou pelo neozelandês Billy Stairmand por 14,54 a 9,67. Nas quartas de final, Medina terá pela frente o francês Michel Bourez. E o rival de Ítalo será o japonês Hiroto Ohhara.
No feminino, Silvana Lima também se garantiu nas quartas de final ao superar a portuguesa Teresa Bonvalot e agora vai encarar a norte-americana Carissa Moore nas quartas de final. Mas Tatiana Weston-Webb foi eliminada.
Decepção e nova final na natação
Nas piscinas, em sua primeira final nas Olimpíadas de Tóquio, a natação do Brasil ficou em oitavo lugar na disputa do revezamento 4×100 metros livre, vencida pelos Estados Unidos. O resultado decepcionante ao menos foi suplantado pela classificação a outra final, a dos 200m livre, com Fernando Scheffer.
A sessão também ficou marcada pela perda de uma invencibilidade: a da norte-americana Katie Ledecky. Após vencer cinco finais olímpicas, em Londres-2012 e no Rio-2016, foi batida pela primeira vez, na disputa dos 400 metros livre, pela australiana Ariarne Titmus.
Melhor resultado da história no mountain bike
Na disputa do mountain bike, o brasileiro Henrique Avancini, que chegou aos Jogos com expectativa de medalha, terminou no 13º lugar, melhor resultado da história do país na história olímpica da modalidade. Ele começou bem, liderou a primeira volta, se manteve no pelotão de frente no início, mas foi perdendo posições ao longo da prova.
A competição do mountain bike foi realizada na cidade de Izu, província de Shizuoka, a cerca de 100km de Tóquio, e recebeu público para acompanhar a passagem dos ciclistas.
O outro brasileiro na disputa, Luiz Henrique Cocuzzi, terminou em 27º. A medalha de ouro foi para o britânico Thomas Pidcock, seguido pelo suíço Mathias Flueckiger com a prata e pelo espanhol David Valero Serrano com o bronze.
Vitória fácil no vôlei de praia
As brasileiras Ana Patrícia e Rebecca estrearam com uma vitória tranquila no vôlei de praia. Elas ganharam das quenianas Makokha e Khadambi por 2 sets a 0, com parciais de 21 a 15 e 21 a 9. A dupla do Brasil volta a jogar na noite desta terça-feira (no horário de Brasília), pela segunda rodada da primeira fase, contra Graudina e Kravcenoka, da Letônia.
Judoca brasileiro leva ippon na primeira luta
Depois do bronze de Daniel Cargnin, o judô brasileiro não passou da primeira luta na noite deste domingo (manhã de segunda-feira no Japão). Eduardo Barbosa perdeu por ippon para o francês Guillaume Chaine no fim do combate pela categoria até 73 kg. O brasileiro atribuiu a derrota a um momento de falta de concentração. “Um milésimo de segundo decide a luta”, afirmou ao deixar o tatame.
Nova derrota no handebol masculino
O Brasil perdeu para a França, por 34 a 29, na segunda rodada do handebol masculino. Atual vice-campeã olímpica, a equipe francesa já vencia por 16 a 13 no primeiro tempo. Foi a segunda derrota dos brasileiros — perderam para a Noruega na estreia.
A seleção de handebol ainda tem três partidas pela frente e precisa ganhar ao menos duas para ter chances de classificação para as oitavas de final. O próximo jogo é contra a Espanha na manhã de quarta-feira (no horário de Brasília). Argentina e Alemanha são os outros adversários que vêm pela frente.
Atletas isolados em razão da Covid-19
Enquanto as competições avançam, o coronavírus não dá trégua. A equipe holandesa de remo concordou em se separar dos outros atletas em Tóquio. Um remador, um técnico e outro integrante do grupo testaram positivo para Covid-19.
O diretor de remo de alta performance da Holanda, Hessel Evertse, afirmou que a medida tem como objetivo “obter confiança e segurança de (outros) países e (especialmente) dos voluntários”. Já foram registrados 148 casos da doença entre as delegações e outras pessoas envolvidas na organização dos Jogos
FONTE: Leandro Silveira e Paulo Junior, colaboração para a CNN; Daniel Fernandes e Wellington Ramalhoso, da CNN