Segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas, a festa gera 36 mil empregos diretos e indiretos apenas nos cinco dias que compõe a realização dos desfiles no sambódromo
Nesta terça-feira (5), o comitê científico do Rio de Janeiro se reúne para avaliar a realização do carnaval 2022. O encontro entre os especialistas e órgãos responsáveis pelo controle e fiscalização do município, vai acontecer de forma virtual.
O pedido da presidente da RioTur, Daniela Maia, é que o parecer técnico que define se será viável ou não produzir a maior festa do planeta, já em fevereiro, seja informado o quanto antes.
De acordo com membros da equipe técnica e controle sanitário, os dados dos eventos-teste realizados até momento, principalmente os últimos, com a presença de até cinco mil pessoas, sem máscara, irão ajudar a entender a situação atual covid-19 e os riscos.
De acordo com estudo de impacto econômico do Desfile Oficial das Escolas de Samba do Carnaval do Rio, realizado pela Fundação Getúlio Vargas com base na edição do evento em 2019, são gerados 36 mil empregos diretos e indiretos apenas nos cinco dias que compõe a realização dos desfiles no Sambódromo.
Segundo a prefeitura do Rio, ao longo de todo o período de preparação do Carnaval nos barracões da Cidade do Samba e nas quadras de escolas de samba são gerados aproximadamente outros 29 mil empregos diretos.
O Subsecretário de Eventos da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Rodrigo Castro, afirma que Carnaval movimenta um público estimado em 5 milhões de pessoas durante os 5 dias de desfiles no sambódromo, levando em conta também a movimentação de camarotes, frisas e arquibancadas.
Desse total de público, 1,1 milhões são turistas, sendo 150 mil vindos do exterior. Ao todo, estima-se que o Carnaval gere um impacto econômico de R$ 2,2 bilhões de reais na economia da cidade do Rio de Janeiro, deixando um retorno aos cofres públicos de aproximadamente R$ 155 milhões de reais em tributos municipais, estaduais e federais recolhidos durante o evento.
Segundo o vereador Tarcísio Motta, presidente da Comissão Especial de Carnaval, ainda serão feitas três consultas públicas até novembro para ajustar os detalhes do Carnaval de rua, dos desfiles e um geral para o feriadão.
Para entrar no Sambódromo, uma das sugestões em debate é a apresentação do passaporte de vacinação. No entanto, A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) já descartou um protocolo sanitários mais restritivo para que o Carnaval aconteça em fevereiro. Caso o evento não aconteça do formato tradicional, o espetáculo poderá ser transferido para a primeira quinzena de julho.
O prefeito Eduardo Paes se mostrou a favor de que os eventos aconteçam sem restrição de público e sem o uso de máscaras. Em uma das suas publicações no Twitter, nesta segunda-feira (04), Paes compartilhou ata da reunião do Comitê científico da prefeitura em 09 de agosto desse ano, em que foram definidas as premissas para reabertura gradual da cidade.
Em destaque, ele reforça a expectativa de que a cidade atinja a segunda etapa do plano vacinal até o dia 15 de outubro, quando 65% a população carioca total deve estar imunizada contra covid, e a terceira etapa em 15 de novembro, com 75% de vacinados.
Com a retomada gradual dos eventos, o setor pretende alcançar o patamar pré-pandemia até 2022, com a expectativa de fechar o ano que vem com a média de 440 mil eventos.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o setor representa 4,32% do PIB e arrecada R$ 48 bilhões em impostos. Com a pandemia, estima-se que as perdas chegaram a 11,1 bilhões apenas nos três primeiros meses da pandemia.
FONTE: Por CNN