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Amazonas recebeu mais cloroquina do que testes de Covid do Ministério da Saúde

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RT-PCR é feito para identificar infectados pela Covid-19 (Foto: Isabela Carrari/Prefeitura de Santos)

O Ministério da Saúde enviou ao Amazonas mais comprimidos de hidroxicloroquina, remédio ineficaz contra a Covid-19, segundo os cientistas, do que testes para diagnosticar a doença. De acordo com dados do próprio Ministério e do DataSus, foram enviados ao estado 511 mil unidades do medicamento de 150 mg, somando números dos meses de março, abril, maio, junho e julho de 2020 e janeiro de 2021. De teste RT-PCR, foram 383.404, o que representa 9,12% da população.

O insumo, considerado crucial para entender o cenário epidemiológico, foi enviado em quantidade abaixo em comparação as outras unidades da federação. O estado está em 16º no recebimento dos testes, conforme dados do próprio MS.

Em primeiro está o estado de São Paulo, com 4,3 milhões de testes recebidos; depois o Paraná, com 4,2 milhões; e Rio de Janeiro com 4 milhões. São Paulo tem 28 instituições colaboradoras, ou seja, que estão aptas a receber os insumos do ministério.

O Amazonas tem apenas 4: Fiocruz – Amazonas; Hospital de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas; Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas e Ufam (Universidade Federal do Amazonas).

Informações da SES (Secretaria de Saúde do Amazonas) também mostram que o estado recebeu do Ministério da Saúde os medicamentos ivermectina e azitromicina. Foram 100.080 comprimidos de ivermectina enviados em janeiro e 625.560 de azitromicinas que chegaram no mesmo período. Os medicamentos também são considerados ineficazes contra a doença.

Testes no Amazonas

No Amazonas, a testagem em massa não foi adotada. Em maio deste ano, a DPE (Defensoria Pública do Amazonas) moveu Ação Civil Pública para realização de testagem em massa na população. Em março, a Defensoria propôs audiência pública com pesquisadores e representantes da Prefeitura de Manaus, Governo do Amazonas e MP-AM (Ministério Público do Amazonas) para cobrar a medida.

A audiência não trouxe resultados. À época, a Defensoria alertou sobre a possibilidade de uma terceira onda da pandemia. Com o avanço da vacinação, as prioridades foram mudando. Hoje, o Amazonas aplicou 2.589.413 primeiras doses contra a doença, 1.676.567 segundas doses, 51.382 doses únicas e 39.871 terceiras doses.

O estado contabiliza 427.304 casos confirmados de Covid-19. Desses, 13.761 pessoas morreram em decorrência do vírus.

FONTE: Por AMAZONAS ATUAL

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