A ex-número um do mundo de duplas estava desaparecida desde 2 de novembro
A tenista chinesa Peng Shuai fez, no domingo (21), uma vídeo chamada com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e disse que estava bem e segura.
A ex-número um do mundo de duplas não tinha sido vista ou ouvida publicamente antes da aparição em um vídeo publicado pela mídia estatal chinesa em um torneio de tênis local. Porém, ela permanecia distante das autoridades do esporte mundial.
Ela estava afastada das mídias e das rede sociais desde que disse em uma rede social chinesa em 2 de novembro que o ex-vice-premiê Zhang Gaoli a coagiu a fazer sexo.
A postagem de Peng no Weibo, a plataforma semelhante ao Twitter na China, foi excluída 30 minutos após a publicação, com os censores chineses agindo rapidamente para eliminar qualquer menção à acusação.
Peng Shuai recebeu apoio de várias personalidades do tênis, como a superestrela Naomi Osaka, que expressou preocupação com Peng Shuai, que não tem sido vista em público desde que acusou um ex-líder do governo chinês de agressão sexual.
A americana Serena Williams se disse “devastada” com as informações sobre tenista chinesa. “Eu espero que ela esteja em segurança e que seja encontrada o mais rápido possível”, disse Serena em sua conta no Twitter.
“A censura a qualquer custo nunca é certa. Espero que Peng Shuai e sua família estejam bem. Estou em choque com a situação atual e estou enviando amor e luz para ela”, disse Osaka em sua conta no Twitter na terça-feira (16).
A lenda do tênis e campeã de 39 grand slams, Billie Jean King, disse no Twitter: “Esperamos que Peng Shuai seja encontrada em segurança e que suas acusações sejam amplamente investigadas”.
A ex-número 1 do mundo, Chris Evert, também se manifestou: “essas acusações são muito perturbadoras”, disse ela em um post no Twitter. “Conheço Peng desde os 14 anos; todos devemos nos preocupar; isso é sério; onde ela está? Ela está segura? Agradecemos qualquer informação”, disse ainda a ex-tenista.
Apoio das associações de tênis
No domingo, a entidade máxima do tênis feminino, WTA, pediu ao governo chinês que investigue as acusações, insistindo que a ex-jogadora de duplas seja “ouvida, não censurada”.
Em um comunicado, o presidente e CEO da WTA, Steve Simon, disse que as acusações de Peng despertam “profunda preocupação”, acrescentando que as alegações devem ser investigadas “de forma integral, justa, transparente e sem censura”.
A mais importante liga mundial de tênis masculino, ATP Tour, disse, na segunda-feira, depois de um suposto comunicado de Peng ter sido divulgado, que se sentia “responsável” e que continuaria “monitorando a situação de perto”.
FONTE: Por REUTERS