Pontífice se encontrará com o presidente e o primeiro-ministro da Grécia; uma missa será realizada neste domingo (5) no Athens Concert Hall
O Papa Francisco desembarcou em Atenas, na Grécia, no sábado (4) para a segunda etapa de uma visita ao Mediterrâneo que visa chamar a atenção para a situação dos migrantes e refugiados.
Após uma visita de dois dias ao Chipre, o papa viajou para a Grécia, um dos principais pontos de entrada na União Europeia para requerentes de asilo que fogem da guerra e de países pobres atingidos pela pobreza no Oriente Médio, Ásia e África.
Crianças pequenas em trajes tradicionais gregos, um menino da África e uma menina das Filipinas cumprimentaram Francisco quando ele desceu do avião.
O pontífice, que fez da defesa de imigrantes e refugiados uma das principais pautas de seu papado, viajará para a ilha de Lesbos pela segunda vez neste domingo (5) para visitar um centro de recepção de imigrantes criado depois que o notório campo de Moria foi destruído pelo fogo no ano passado.
Durante uma visita anterior à ilha em 2016, Francisco caminhou por Moria, um campo condenado por grupos de direitos humanos por suas condições miseráveis e superlotadas. Na época, imigrantes e pessoas em busca de asilo imploraram por ajuda.
De forma memorável, ele levou três famílias de refugiados sírios com ele no avião de volta para Roma. O papa conseguiu que 50 imigrantes de Chipre fossem realocados para a Itália depois de sua viagem esta semana.
Em uma reunião emocionante com requerentes de asilo em Chipre nesta sexta-feira, Francisco, citando as condições na Líbia e em outros lugares, disse que tinha a responsabilidade de dizer a verdade sobre o sofrimento dos refugiados –muitos mantidos em condições que ele comparou aos dos campos nazistas e soviéticos.
Em Atenas, o papa se encontrará com o presidente e o primeiro-ministro da Grécia, bem como com jovens em uma escola católica. Uma grande missa está prevista para domingo à noite no Athens Concert Hall.
As autoridades proibiram os protestos no centro de Atenas durante a visita de três dias, depois que profissionais de saúde e outros grupos disseram que planejavam fazer uma manifestação neste sábado contra a vacinação obrigatória.
Cerca de 5 mil policiais serão enviados às ruas da capital na próxima segunda-feira, último dia da visita do papa, que coincide com o 13º aniversário do assassinato de um adolescente pela polícia. Frequentemente, o aniversário atrai grandes multidões e violência.
FONTE: Por REUTERS