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Cantora da Mastruz com Leite diz ter sido abusada por músico enquanto dormia: ‘Segurando minha mão nas partes íntimas’

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FOTO: Reprodução Google

Em relatos publicados nas redes sociais, Larissa Ferreira afirmou que o integrante da banda aproveitou que ela e o marido dormiam, cansados após uma viagem, e praticou o abuso.

A cantora de forró Larissa Ferreira, vocalista da banda Mastruz com Leite, denunciou na terça-feira (4) que um integrante do grupo abusou dela sexualmente na semana passada, enquanto ela dormia no quarto com o marido. O relato foi feito por meio de uma sequência de vídeos publicados nas redes sociais.

Segundo Larissa, ela e o marido convidaram um colega para dormir na casa deles, em Fortaleza, após os três conversarem e beberem cerveja juntos. O casal estava cansado pois havia chegado de uma viagem. O músico se deitou na rede da filha deles no mesmo quarto em que o casal dormiu, e então, durante a madrugada, ela sentiu ter sido tocada e beijada.

“Senti uma pessoa tocando em mim, tocando no meu corpo, beijando meu rosto, me cheirando (…). Beijando o meu rosto, e com a minha mão, a pessoa estava segurando a minha mão nas partes íntimas dela. Este homem fez isso comigo. E eu deitada na minha cama, no meu quarto e meu marido do meu lado. A pessoa abusou de mim”, disse a vocalista.

Larissa Ferreira fez o relato do caso por meio de uma sequência de vídeos publicados nas redes sociais nesta terça-feira (4) — Foto: Reprodução/Instagram
Larissa Ferreira fez o relato do caso por meio de uma sequência de vídeos publicados nas redes sociais nesta terça-feira (4) — Foto: Reprodução/Instagram

A cantora afirma que a primeira reação que teve foi se mexer, mas de uma forma que não acordasse o marido para não causar uma briga dentro de casa. “Eu fiquei de olhos fechados, não fiz alarme só dei um solavanco nele para que se afastasse e ele saiu de perto. Eu sabia que se eu fizesse alarme, o Jean iria matar aquele homem aqui dentro de casa”, disse. Ela não revelou o nome do músico.

A vocalista disse que temeu pela própria vida e da família e demorou cerca de uma semana para revelar o acontecimento ao marido. Ela confessa que passou a tomar remédio para ansiedade e sofreu muito até contar tudo a amigas próximas e ao esposo.

“Depois que esse homem saiu do quarto eu fiquei sem saber o que fazer. Se eu contava ou não para o meu marido. Fiquei com crise de ansiedade. Eu não iria ficar bem estando no mesmo ambiente que esse homem. Foi uma semana convivendo com esse homem na banda. Mas eu precisava falar para meu marido. No dia de viajar para o próximo show eu decidi falar para o meu companheiro”, disse.

Larissa aproveitou para fazer um alerta às mulheres para terem cuidado com quem recebem em suas casas e disse que entrou em contato com o empresário da banda para tomar as devidas providências.

“Ninguém desconfiava dele, ele era uma pessoa calma, calada, mas o cara foi capaz de fazer isso. Já tomei todas as providências, falei com o empresário da banda. Eu fui assediada dentro da minha casa, ao lado do meu marido. Ninguém tem direito de tocar numa mulher se ela não deixar, se ela não quiser”, desabafa.

Banda repudiou abuso

A Banda Mastruz com Leite informou que se solidariza com a cantora após ter tomado conhecimento dos relatos de assédio sexual sofrido por ela e que a empresa já está tomando todas as providências quanto ao músico. A empresa reforçou que está dando todo apoio à artista e que repudia toda forma de abuso contra mulheres.

Leia a nota da banda na íntegra:

“Nós da Banda Mastruz com Leite nos solidarizamos à nossa cantora Larissa Ferreira, que relatou em suas redes sociais ter sofrido assédio em sua casa, por outro integrante da banda. A empresa já está tomando as medidas quanto ao músico e está providenciando apoio à cantora, que está fragilizada, mas acolhida pela família e amigos. A Banda Mastruz com Leite reforça que repudia toda e qualquer forma de abuso contra mulheres, seja físico, psicológico ou sexual. Seguimos dando assistência e oferecendo suporte para a Larissa”

Como denunciar violência sexual

Além de denunciar em distritos policiais e delegacias especializadas, a mulher em situação de violência doméstica pode recorrer a uma rede assistencial de entidades dos poderes municipal, estadual e federal.

Disque 180

O Disque 180 é o telefone exclusivo de atendimento à mulher do governo federal. O número presta apoio e escuta mulheres em situação de qualquer tipo de violação ou violência de gênero. Por meio do canal, os casos são encaminhados a órgãos competentes.

Delegacia de Defesa da Mulher

O serviço de denúncia em Fortaleza é direcionado para a unidade especializada de Defesa da Mulher, que fica no complexo da Casa da Mulher Brasileira, no Bairro Couto Fernandes. A delegacia também funciona de forma ininterrupta. Além da unidade na capital, há Delegacias de Defesa da Mulher nas cidades de Pacatuba, Caucaia, Maracanaú, Crato, Iguatu, Juazeiro do Norte, Icó, Sobral e Quixadá.

  • Endereço: Rua Tabuleiro do Norte, s/n, Bairro Couto Fernandes
  • Telefone: (85) 3108-2950

Casa da Mulher Brasileira

O equipamento gerenciado pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), do Governo do Estado, atua no atendimento às mulheres que foram vítimas de violência em Fortaleza. No mesmo espaço, funciona a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, uma unidade do Ministério Público e uma da Defensoria Pública, além de um centro de referência municipal.

  • Horário de atendimento: 24 horas por dia
  • Endereço: Rua Teles de Sousa, s/n, Bairro Couto Fernandes
  • Telefone: (85) 3108-2968

Centro de Referência Municipal Francisca Clotilde

Em Fortaleza, é disponibilizado o Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Francisca Clotilde. O espaço, que faz parte do complexo da Casa da Mulher Brasileira, promove acompanhamento e encaminha as vítimas aos serviços da rede de atendimento, acolhendo mulheres que sofreram violência psicológica, sexual, física, moral, patrimonial, abuso, exploração, assédio moral e tráfico de mulheres.

  • Horário de atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 20h.
  • Endereço: Rua Teles de Sousa, s/n, Bairro Couto Fernandes
  • Telefone: (85) 3108-2968

FONTE: Por G1

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