Professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Domingos Alves, disse que a Ômicron não pode ser subestimada
Em entrevista à CNN Rádio, o professor associado no Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto, Domingos Alves, fez um alerta de que a variante Ômicron não deve ser subestimada.
Embora diversos países europeus já tenham determinado regras de relaxamento de medidas, o especialista avalia que a situação da pandemia no Brasil se assemelha mais à dos Estados Unidos do que à da Europa.
“Os europeus tiveram uniformidade da vacinação, com média próxima a 70%. Já a situação brasileira é mais parecida com a norte-americana, porque há estados controlando a pandemia e outros em situação pior”, disse.
Domingos expressou preocupação com o descompasso brasileiro. “Temos aí hoje, no Brasil, 8 estados com taxa de vacinação abaixo dos 60%, principalmente no Norte.”
“Como temos observado recorde de aumento de casos, internações estão sendo na maioria dos casos de pessoas que não têm ciclo vacinal completo. Na minha opinião, locais com imunização abaixo de 65% devem sofrer mais e levar mais pessoas à internação, nossa epidemia deve piorar bastante antes de melhorar”, completou.
Ele destaca que “com certeza” estamos subestimando a Ômicron: “Quando achamos normal ter 300 óbitos por dia, porque não é mais mil, é subestimar a doença, até o final de fevereiro poderemos chegar a 700 óbitos por dia, seria fatalidade já que temos vacinas atualmente.
”De acordo com o professor, “a vacina é o principal fator de proteção contra a Covid-19” e é essencial que ela seja acelerada, especialmente para o público infantil, que teve a imunização aprovada somente nas últimas semanas.
FONTE: Por CNN