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Brasileiros presos na Tailândia suspeitos de tráfico internacional de drogas: veja o que se sabe e o que falta esclarecer

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Cocaína estava escondida em compartimento oculto da bagagem, segundo as autoridades tailandesas — Foto: RPC/Reprodução

Uma jovem e dois homens, de 21, 24 e 27 anos, foram presos com cocaína no aeroporto de Bangkok; Itamaraty acompanha o caso.

Três brasileiros foram presos no aeroporto de Bangkok, na Tailândia, suspeitos de tráfico internacional de drogas, após serem flagrados com 15,5 quilos de cocaína, segundo autoridades do país.

Os suspeitos são uma jovem, de 21 anos, um homem, de 27 anos, e um outro jovem, de 24. O Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta assistência aos brasileiros.

A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo da quantidade de droga e das circunstâncias.

O que se sabe sobre o caso

Os presos são:

  • Mary Hellen Coelho Silva, 21 anos, moradora de Pouso Alegre (MG);
  • Jovem, de 24 anos, morador de Apucarana (PR);
  • Homem, de 27 anos, não teve o nome e nem a cidade divulgados.

Brasileiros foram presos em duas situações distintas:

De acordo com as autoridades tailandesas, primeiramente foram presos o homem, de 27 anos, e a jovem. Eles saíram de Curitiba e, após escalas, chegaram ao país em um voo, por volta das 7h de segunda-feira (14).

Horas depois, as autoridades prenderam o jovem de Apucarana. Ele chegou ao aeroporto em outro voo. As autoridades informaram não saber se ele conhecia os outros suspeitos.

Como a droga foi encontrada:

A droga foi encontrada com o homem e a jovem após a equipe do aeroporto desconfiar de itens mostrados no raio X. Os funcionários da alfândega revistaram as três malas dos passageiros e encontraram 9 quilos de cocaína. A droga estava escondida em um compartimento oculto.

Com o rapaz de Apucarana, preso depois, os agentes encontraram 6,5 quilos de cocaína escondidos em duas malas.

Familiares pedem ajuda:

A irmã de Mary Hellen Coelho Silva destacou que a família pede a ajuda do Itamaraty para trazer a jovem de volta ao Brasil. Desde que a prisão aconteceu, a família está sem informações sobre a brasileira.

Segundo Mariana Coelho, a notícia da prisão chegou por meio de um áudio que ela mesma enviou por um aplicativo de mensagens. Com voz de choro e aparentando desespero, a jovem pediu para que a irmã entrasse em contato com um advogado para trazer ela de volta ao Brasil.

Mariana contou que só começou a entender a gravidade da situação depois que começou a pesquisar sobre o assunto e descobriu sobre as possíveis punições que a irmã poderia sofrer. A notícia pegou a família de surpresa.

A mãe dela, que luta contra um câncer, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa no país asiático.

A família conta com a ajuda de advogados do município, mas estão em busca de brasileiros que possam ajudar direto da Tailândia. Familiares e amigos pedem que Mary Hellen seja trazida para o Brasil e que seja julgada pela justiça brasileira.

Mariana Coelho (direita) com sua irmã Mary Hellen (esquerda) — Foto: Arquivo pessoal
Mariana Coelho (direita) com sua irmã Mary Hellen (esquerda) — Foto: Arquivo pessoal

Os pais do jovem de Apucarana disseram estar muito abalados com a notícia e não quiseram dar entrevista. Eles informaram que chegaram a conversar rapidamente por telefone com o jovem antes que ele fosse encaminhado à prisão, mas não têm detalhes do caso.

O que dizem as autoridades brasileiras:

O Itamaraty informou que está acompanhando a situação e que presta assistência aos brasileiros, mas não detalhou o que está sendo feito em relação ao caso. O órgão disse ainda que “em observância ao direito à privacidade”, não pode fornecer dados específicos sobre “casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.

A Polícia Federal (PF) informou que não foi comunicada oficialmente do fato e nem procurada pelos familiares dos presos.

Pena de morte

A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte. O mesmo ocorre em outros países do Sudeste Asiático.

Em abril de 2015, o paranaense Rodrigo Gularte foi executado na Indonésia pelo crime de tráfico de drogas. Ele ficou 11 anos preso após ser flagrado no aeroporto com 6 quilos de cocaína revestidos em pranchas de surfe.

FONTE: Por G1

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