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Justiça da Colômbia descriminaliza aborto até 24ª semana de gravidez

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Mulheres a favor do direito ao aborto comemoram decisão de tribunal em Bogotá — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

País tornou-se o quinto da América Latina a flexibilizar o acesso à interrupção da gravidez, que é permitida em Argentina, Uruguai, Cuba e Guiana. No México, é autorizada até 12 semanas em algumas regiões.

O mais alto tribunal da Colômbia descriminalizou na segunda-feira (21) o aborto nas primeiras 24 semanas de gravidez, decisão inédita no país de maioria católica.

Com a sentença do Tribunal Constitucional, as mulheres poderão decidir sobre a interrupção da gravidez por qualquer motivo até o sexto mês de gestação, sem serem punidas por isso.

Até agora, o aborto só era permitido em caso de estupro, se a saúde da mãe estivesse em risco ou quando o feto apresentasse uma malformação que comprometesse a sua sobrevivência 54 meses de prisão.

A partir de agora, a “conduta do aborto só será punível quando for realizada depois da 24ª semana de gestação”, informou o tribunal. Após os seis meses de gestação, vigoram as condições já fixadas anteriormente pelo tribunal, explicaram os juízes.

Centenas de manifestantes a favor e contra a decisão se concentraram do lado de fora do tribunal, em Bogotá. “Depois do direito ao voto, esta é a conquista histórica mais importante para a vida, autonomia e realização plena e igualitária das mulheres”, publicou no Twitter a prefeita da capital, Claudia López.

O país tornou-se o quinto da América Latina a flexibilizar o acesso ao aborto, que é permitido na Argentina, Uruguai, Cuba e Guiana. No México, é autorizado até 12 semanas em algumas regiões.

Mulher contra direito ao aborto em manifestação do lado de fora da corte constitucional da Ucrânia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
Mulher contra direito ao aborto em manifestação do lado de fora da corte constitucional da Ucrânia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

“A Colômbia fica na vanguarda dos direitos reprodutivos, tanto em nível regional quanto globalmente”, afirmou à AFP a advogada Catalina Martínez, do movimento Causa Justa, que levantou a inconstitucionalidade do crime de aborto e cujos argumentos foram estudados pelo alto tribunal.

Grupo de mulheres comemora a liberdade ao aborto na Colômbia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
Grupo de mulheres comemora a liberdade ao aborto na Colômbia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
Movimento contra direito ao aborto do lado de fora da corte constitucional da Ucrânia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
Movimento contra direito ao aborto do lado de fora da corte constitucional da Ucrânia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
Grupo de mulheres comemora a liberdade ao aborto na Colômbia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters
Grupo de mulheres comemora a liberdade ao aborto na Colômbia — Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

FONTE: Por France Presse

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