Mais de 30 crianças e adolescentes morreram na guerra desde o começo da invasão. Segundo psicóloga que atende crianças em áreas de conflito, a guerra pode ter um impacto devastador na saúde mental e no bem-estar de crianças, adolescentes e de famílias inteiras.
Segundo dados do Unicef, mais de um milhão de crianças ucranianas já tiveram que deixar suas casas desde que a Rússia invadiu o país há três semanas – um fluxo migratório infantil nunca antes visto. E, no domingo (13), no Fantástico, o repórter Estevan Muniz conversou com pais e mães que estão fazendo o que podem para proteger os filhos na guerra.
Um dos entrevistados foi o casal Victory e Andri, moradores de Mariupol, cidade da Ucrânia que está entre os maiores alvos de Putin. Com o cachorro e o filho de 4 anos, Leon, eles buscaram abrigo, no início da invasão, em uma igreja subterrânea da cidade, que agora está completamente sitiada. Para não assustar o pequeno, eles fingem que a guerra é uma brincadeira, um conto de fadas.
“Eu acho que ele vai ficar traumatizado, mas espero que não. Quando o bombardeio começou, a gente disse: ‘Rei Malvado, nós não temos medo de você’. E ele disse: ‘sim!’. É engraçado, mas também, por outro lado, não é”, conta a mãe.
A psicóloga Nádia Marin, especialista em saúde mental que atende crianças em áreas de conflito, conta que a guerra pode ter um impacto devastador na saúde mental e no bem-estar de crianças, adolescentes e de famílias inteiras e lamenta:
“Os transtornos mentais, eles chegam a dobrar ou triplicar numa população que foi afetada por um conflito armado. A gente sabe que a ansiedade aumenta, a depressão aumenta, outros tipos de problemas psicológicos aumentam”.
Desde o começo da invasão, mais de 30 crianças e adolescentes morreram na guerra.
FONTE: Por G1/FANTÁSICO