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Exército faz buscas em cidade do AM onde indigenista e jornalista desapareceram

Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos pela última no Vale do Javari, em Atalaia do Norte.

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Lanchas do EB próximas à sede de Atalaia do Norte. — Foto: Divulgação/EB.

O Exército Brasileiro (EB) realiza, nesta terça-feira (7), buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian. Os dois sumiram no domingo (5), na região do Vale do Javari, no Amazonas.

Segundo o Comando Militar da Amazônia (CMA), as buscas iniciaram nessa segunda-feira (7), e seguem de forma ininterrupta por meio terrestre e fluvial.

Soldados do EB andam em rua de Atalaia do Norte. — Foto: Divulgação/EB.

Bruno e Phillips foram vistos pela última vez quando chegaram na comunidade São Rafael, em Atalaia do Norte, por volta das 6h de domingo (5), onde conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de “Churrasco”. De lá, eles partiram rumo à sede da cidade, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.

Nas imagens divulgadas pelo EB, os agentes aparecem chegando à sede de Atalaia do Norte. Os militares foram deslocados do município de Tabatinga, para integrarem a operação deflagrada para encontrar Bruno e Phillips.

Desaparecimento

De acordo com a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips desapareceram no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte. Os dois iam visitar uma equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima ao Lago do Jaburu.

Segundo a entidade, o jornalista ia realizar entrevistas com os indígenas. Eles chegaram ao local na noite da sexta-feira (3). Na manhã do domingo (5), os dois retornaram à cidade de Atalaia do Norte. No caminho, pararam na comunidade São Rafael, afirma a Univaja.

No local, o indigenista pretendia fazer uma reunião com o líder comunitário apelidado de “Churrasco”. Os dois iam “consolidar trabalhos conjuntos entre ribeirinhos e indígenas na vigilância do território bastante afetada pelas intensas invasões”, afirma a entidade na petição enviada à Justiça do Amazonas.

Informações trocadas por dispositivos de comunicação satelital apontam que o indigenista e o jornalista chegaram em São Rafael por volta das 6h de domingo, onde conversaram com a esposa do líder comunitário. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.

Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem. Duas equipes de buscas da Univaja percorreram o trajeto que os dois desaparecidos deveriam fazer, mas nenhum vestígio foi encontrado.

Ainda de acordo com a Univaja, a equipe técnica da instituição vem sofrendo ameaças, sem especificar quais e como.

FONTE: Por G1 AM

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