As perícias dos novos materiais apreendidos durante as investigações que apuram os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips vão ocorrer em Brasília. Duas canoas e uma motosserra estão entre os materiais aprendidos na sexta-feira (24).
As apreensões ocorreram durante buscas nas casas de suspeitos nas cidades de Atalaia do Norte e Benjamin Constante, no Amazonas. Na sexta, as polícias Federal e Civil cumpriram seis mandados de busca e apreensão.
Os policiais estiveram na comunidade ribeirinha São Gabriel, nas casas de Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado” e Oseney da Costa, o “Dos Santos”, presos suspeitos de cometerem o crime.
Além das canoas, entre os materiais apreendidos estão facões e uma motosserra. De acordo com o delegado de Atalaia do Norte, Alex Perez, as autoridades investigam se as embarcações foram usadas para transportar os corpos das vítimas até o local onde foram enterrados.
O material genético coletado nas duas canoas e o novos objetos apreendidos na sexta serão periciados em Brasília, a partir desta terça-feira (28).
Mandante
Na quinta-feira (23), o superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Eduardo Fontes, declarou ao Jornal Nacional que não está descartado um envolvimento de um mandante no crime.
Segundo investigação da polícia, o número de suspeitos de envolvimento na morte de Bruno e Dom subiu para oito pessoas.
Em uma nota divulgada pelo comitê de crise, coordenado pela PF, em 17 de junho, o órgão dizia que novas prisões poderiam ocorrer, mas que as investigações apontavam “que os executores agiram sozinhos”.
Investigados
Agora, a PF investiga oito suspeitos de participação nos crimes. No momento, apenas três homens estão presos em Atalaia do Norte: Amarildo, Oseney e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”. Os outros cinco homens, suspeitos participação na ocultação dos corpos de Bruno e Dom na mata, já foram identificados. A polícia não revelou os nomes.
Eles devem ser indiciados pelo crime de ocultação de cadáver e vão responder as acusações em liberdade, já que o crime prever uma pena inferior a quatro anos.
FONTE: Por G1 AM