O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) cobrou nesta quarta-feira (29), que a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (COED-Aleam) provoque a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-AM) para dar solução ao caso do plano de saúde Hapvida no interior do Amazonas, que continua sem atender em sua totalidade os professores do Estado, culminando na desassistência dos mesmos. O contrato nº 07/2022 é celebrado exclusivamente com a pasta e tem valor global de R$87.703.150,56 milhões com vigência de 03.03.2022 até 03.03.2023.
O contrato milionário, no entanto, não está sendo cumprido ao não atender os servidores da Seduc na capital e interior do Amazonas e a denúncia do parlamentar voltou a ecoar na tribuna após um apelo de uma professora que atua em Tabatinga (distante 1.108 km de Manaus em linha reta), mas que não pode ser identificada por motivo de possível represália. Segundo ela, professores estão se endividando para conseguir viajar até a capital do Amazonas e receberem tratamento médico, desembolsando quantias fora do orçamento previsto e contraindo inclusive empréstimos para custear o deslocamento. Além disso, muitos estão morrendo pela falta do serviço.
“O problema é que o contrato é em Manaus. Quando o professor adoece, ele não tem o transporte para se tratar em Manaus. O que estou pedindo durante meses é que cidades como Tabatinga, Parintins (369 km), cidades-polo, possam ter uma unidade para realizarem exame de sangue, ultrassom, afinal o contrato é mais de R$ 80 milhões. A alta complexidade pode ser em Manaus, mas em Tabatinga, Tefé (523 km), a Hapvida não poderia fazer um exame de sangue?…. Um a jato do Alto Solimões para Manaus custa R$ 600 reais, então, como que um professor consegue viajar ainda trazendo um acompanhante? Então, quero pedir da Comissão de Educação que provoque a Seduc e a mesma traga solução para este caso”, disparou Wilker.
A situação, aliás, vai contra o anunciado pelo Governo do Amazonas e pela Seduc-AM quanto à descentralização do atendimento da Hapvida na capital para 11 cidades-polo no interior, incluindo Tabatinga, município que não possui nenhuma clínica da referida empresa.
“Os professores do estado do Amazonas estão morrendo, pois o Governo brinca com a Hapvida. Não temos uma clínica que atenda. Nós temos que fazer empréstimos e pagar em noventa poucas vezes para poder fazer exame em Manaus”, relatou uma professora de Tabatinga.
*Com informações da assessoria.