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Morre aos 84 anos o humorista e escritor Jô Soares

Jô estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo; causa da morte ainda não foi divulgada

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O apresentador Jô Soares (esq.), ao lado de João Lara Mesquita, em 21 de setembro de 1988, durante a gravação de seu programa nos estúdios da Rádio Eldorado, na região central de São Paulo. Crédito: LENA VETTORAZZO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Morreu na madrugada desta sexta-feira (5), aos 84 anos, o escritor e humorista Jô Soares. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo sua assessoria. A causa da morte ainda não foi divulgada.

“O paciente Jô Soares faleceu na data de hoje, 05 de agosto, às 2h20, no Sírio-Libanês. em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 28 de julho no hospital, onde era acompanhado pelas equipes do corpo clínico da instituição”, escreveu a assessoria do humorista, em conjunto com o hospital.

O enterro e velório de Jô serão reservados à família e amigos.

Pelo Instagram, a ex-mulher de Jô, Flávia Pedras, foi uma das primeiras a se pronunciar sobre a morte. “Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados”, escreveu.

“Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida”, disse Flávia.

“A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor. Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem”, acrescentou.

Nas redes sociais, amigos e fãs lamentaram.

“O Brasil perdeu hoje um artista único, um comediante que amava seu ofício acima de tudo, um ator fora de série. Um entrevistador brilhante. Um cidadão que amava seu país e seus amigos. Jô Soares, obrigada por tanto!”, escreveu Zélia Duncan.

Em um post nas redes sociais, Adriane Galisteu agradeceu Jô por “tantas risadas, tantes conversas e todos os ensinamentos”.

“Meu Deus o mundo sem você…. Meu amado amigo , diretor, conselheiro, vizinho que tristeza… você sempre foi cercado de amor e sempre será assim! Vou seguir te aplaudindo e através de suas obras aprendendo com vc! Obrigada por tantas risadas, tantas conversas por todos os ensinamentos.”

Jô Soares em retrato tirado no dia 16 de setembro de 1971. Naquele ano, Jô estreou na TV Globo, após passagem pela Record, no programa humorístico “Faça Humor, Não Faça Guerra”.Crédito: LUCRÉCIO JR./ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Jô Soares em retrato tirado no dia 31 de agosto de 1972. Nessa época, o humorista participava do programa da TV Globo “Faça Humor, Não Faça Guerra”, que ia ao ar semanalmente após a novela das oito. O nome brincava com a popular mensagem hippie “Faça Amor, Não Faça Guerra”, muito utilizada na época por conta da Guerra do Vietnã.Crédito: OSVALDO LUIZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Em 1987, vence o contrato de Jô Soares com a TV Globo, e o humorista decide não renová-lo. No ano seguinte, mudou-se para o SBT, onde estreou seu programa de entrevistas “Jô Soares Onze e Meia”. Na foto, tirada em 15 de novembro de 1990, ele entrevistava a ministra da Fazenda e mentora intelectual do Plano Collor, Zélia Cardoso.Crédito: EDU GARCIA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Biografia

Filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro. Aos 12 anos, mudou-se com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática, mas seu amor pela arte falou mais alto.

Com carreira extensa, foi humorista, apresentador de televisão, escritor, diretor e ator. Seu primeiro papel foi em “O Homem do Sputnik”, filme de Carlos manga de 1958.

Três anos mais tarde, começou a trabalhar na TV Record, onde atuou em programas como “La Reuve Chic”, “Jô Show” e “A Família Trapo”, além de escrever o “Simonetti Show”.

Em 1970, foi para a TV Globo estrelar o “Faça Humor, Não Faça a Guerra”, programa substituído pelo Satiricom em 1973. Três anos depois, como ator e redator, participou de “Planeta dos Homens” até 1981, quando começou a se dedicar ao próprio programa, “Viva o Gordo”.

Neste, viveu diversos personagens marcantes, como Reizinho, Capitão Gay e Zé da Galera. Jô trocou a Globo pelo SBT em 1987 para realizar um de seus maiores desejos: apresentar um programa de entrevistas.

O “Jô Soares Onze e Meia” foi ao ar entre 1988 e 1999, com mais de seis mil entrevistas com grandes personalidades brasileiras e internacionais. Em 2000, o humorista retornou à Globo para o icônico “Programa do Jô”, encerrado em 2016.

FONTE: Por CNN

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