O golpe da ‘Nova Terceirizada’ voltou a fazer vítimas no estado, segundo a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Entenda como os criminosos agem e saiba como se proteger.
De acordo com a Polícia Civil, o golpe já é conhecido da população amazonense. A instituição explicou como os criminosos fazem vítimas. “Os estelionatários criam empresas de fachada para induzirem o consumidor a acreditar em promessas de investimento”, resumiu a PC-AM.
O delegado Eduardo Paixão, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Consumidor (Decon), as empresas de fachada possuem novos Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas (CNPJs), novas contas bancárias e usam aparência de empresas idôneas, situadas em bairros distintos de Manaus.
Com a empresas criadas, os estelionatários induzirem o consumidor a acreditar em promessas de empréstimo rápido, consórcio contemplado ou diminuição de parcela de financiamento de automóvel.
“A ideia do golpe é fazer a vítima pagar qualquer valor de entrada e acreditar nas facilidades de uma falsa empresa criada apenas para delinquir no mercado. Outras vezes, o consumidor acaba assinando contrato de consórcio ou de renegociação de dívida, que nunca quis contratar, pois acreditava na entrega rápida de um bem ou empréstimo”, informou.
Como se prevenir
Conforme o delegado, antes de assinar com novas terceirizadas com novos CNPJs, sem qualquer referência, o consumidor deve verificar se a empresa é idônea, consultando no site da Receita Federal se o CNPJ tem longa data no mercado, se está ativa, e qual atividade, finalidade e o nome dos sócios, por meio do site: http://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp.
“O consumidor também pode consultar se existem processos judiciais em nome da empresa e dos sócios, no site: https://consultasaj.tjam.jus.br, e, também, nos sites de Defesa do Consumidor, redes sociais e buscadores da internet como Google, se existem reclamações semelhantes de consumidores para não ser a próxima vítima”, esclareceu.
Caiu no golpe?
Conforme o titular, caso o consumidor seja vítima deste golpe, é recomendável formalizar reclamação administrativa no Instituto de Defesa do Consumidor do Amazonas (Procon-AM) e no site reclameaqui.com.br.
Também é preciso formalizar um Boletim de Ocorrência (BO) pela Delegacia Virtual (Devir), ou na sede da Decon, situada na avenida Desembargador Felismino Soares, bairro Colônia Oliveira Machado, Zona Sul de Manaus.
“Acerca de prejuízos financeiros, possíveis vítimas devem imediatamente demandar na Justiça Cível mediante Defensoria Pública, por meio do número 129, ou contratar um advogado particular, em busca de reaver esses valores”, disse Eduardo.
Penalidades
Eduardo Paixão ressaltou que os responsáveis destas novas empresas podem responder por crimes como: estelionato e fraude no comércio, crime contra relação de consumo, crime de sonegação fiscal, crime contra consumidor, e crime contra a economia popular e pirâmide financeira.
FONTE: Por G1 AM