Duas médicas foram exoneradas do Hospital Raimunda Francisca Dineli da Silva, em Maués, no interior do Amazonas, após a divulgação de um vídeo em que aparecem zombando dos gritos de uma criança que aguardava atendimento. Veja o vídeo acima.
- Onde e quando aconteceu o caso?
- O que aconteceu?
- Quem são as médicas?
- Quem era o paciente?
- O que diz a prefeitura?
- O que diz o Conselho Regional de Medicina?
- O que diz a defesa das médicas?
Onde e quando aconteceu o caso?
O caso aconteceu no Hospital Raimunda Francisca Dineli da Silva, na cidade de Maués, que fica a 257 quilômetros de distância de Manaus.A unidade de saúde é municipal.
O que aconteceu?
As médicas Beatriz Almeida e Sofia Rodrigues Gonçalves gravaram um vídeo na terça-feira (7) em que aparecem zombando dos gritos de uma criança que aguardava atendimento. Veja o vídeo acima.
Na gravação, Beatriz e Sofia aparecem durante o trabalho fazendo uma brincadeira com a situação de um paciente, que pode ser ouvido ao fundo gritando, aparentemente, desesperado ou com dor. Uma delas pergunta “é você quem vai suturar essa criança?”. Em seguida, a outra responde “Isso mesmo, exorcizar essa criança”.
O vídeo foi publicado nas redes sociais pelas próprias médicas ainda na terça-feira, e ganhou repercussão no município.
Quem são as médicas?
As médicas são Beatriz Almeida e Sofia Rodrigues Gonçalves. Elas eram recém-contratadas para atuar no hospital de Maués.
As duas receberam o registro do Conselho Federal de Medicina (CFM) no dia 5 de dezembro de 2022. O documento é exigido para exercer a profissão.
Quem era o paciente?
De acordo com a Prefeitura de Maués, o paciente era uma criança, de 10 anos, que foi atendida após sofrer um ferimento causado por raio. Segundo a assessoria, o ferimento foi superficial. A criança, que mora em Maués, já foi liberada do hospital.
O que diz a prefeitura?
Por meio de nota, a Prefeitura de Maués informou que determinou a imediata exoneração das profissionais de saúde envolvidas no episódio, que foi considerado lamentável pela administração pública do município.
No comunicado, a prefeitura repudiou qualquer postura antiética e desumana dos profissionais de saúde.
O que diz o Conselho Regional de Medicina?
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CRM/AM) informou, nesta quinta-feira (9), que vai apurar as reponsabilidades profissionais e éticas das médicas.
Ao g1, o CRM disse que determinou uma sindicância ex-officio, ou seja, por iniciativa própria.
Conforme a entidade, o processo de apuração vai seguir sob sigilo. “Informamos ainda que o Conselho de Medicina do Amazonas não compactua com este tipo de atitude e que trabalhamos diuturnamente em prol da ética e da boa medicina”, diz o conselho, em nota.
O conselho não informou se as médicas podem perder o registro profissional.
O que diz a defesa das médicas?
Até a última atualização, a reportagem não havia conseguido contato com as médicas.
FONTE: Por G1 AM