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Dados de Bruno Pereira podem embasar plano de segurança do Vale do Javari, no AM

Proposta do governo federal deve coincidir com dados que constam em um plano elaborado pelo indigenista Bruno Pereira, morto em junho do ano passado com o jornalista Dom Phillips.

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Bruno Pereira era apaixonado pela Amazônia e pelos índios. — Foto: Reprodução do Jornal Nacional

A proposta do governo federal para garantir a segurança no perímetro do Vale do Javari, no Amazonas, deve coincidir com dados que constam em um plano elaborado pelo indigenista Bruno Pereira, morto em junho do ano passado com o jornalista Dom Phillips. A informação é do secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.

Um encontro reuniu forças de segurança na Terra Indígena nessa segunda-feira (27). A ação visa aumentar a presença do estado no local.

“Eu não tive acesso a essas anotações do Bruno Pereira, mas, certamente, a política e a diretriz do governo [federal], de dar centralidade nesse debate de segurança pública vai nos aproximar, porque os problemas são os mesmos, só aumentaram de tamanho”, disse Alencar.

A definição de ações no campo da segurança pública, enfatizou o secretário, requer, em primeiro lugar, uma compreensão sobre o contexto social da região.

“O nosso foco na Senasp [Secretaria Nacional de Segurança Pública] é crime organizado e aqui na Amazônia há essa sobreposição de criminalidades que eu acho que é, vamos dizer assim, um piloto robusto daquilo que a gente pretende fazer no Brasil”, adicionou.

Povos indígenas vivem no Vale do Javari, no Amazonas. — Foto: Reprodução/Univaja
Povos indígenas vivem no Vale do Javari, no Amazonas. — Foto: Reprodução/Univaja

Na semana passada, mencionou, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, esteve com os secretários da Amazônia Legal, para alinhar o programa interinstitucional Amazônia Mais Segura (Amas), que vai envolver sete ministérios, agências reguladoras, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto de Conservação Chico Mendes (ICMBio).

“Tem muita gente já fazendo alguma coisa. Tem uma parte de estruturação, que é fundamental. Ela, isoladamente, não tem poder de tração, mas é indispensável, que é você equipar as forças de segurança. A gente ainda está vendo o sentimento do crime organizado, que, às vezes, desafia as autoridades do Estado brasileiro.”

Os recursos para viabilizar as ações no Vale do Javari e o programa Amas devem sair do Fundo Amazônia, um mecanismo de captação de recursos (doações) gerido pelo BNDES. O foco principal do fundo é garantir a prevenção, o monitoramento e o combate ao desmatamento na Amazônia Legal, além de implementar sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no Brasil fora da Amazônia Legal e em outros países tropicais.

FONTE: Por G1 AM, com informações da Agência Brasil

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