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TSE ouve deputado e jornalistas como testemunhas em ação contra Bolsonaro

Filipe Barros deve depor presencialmente na Corte; oitivas foram solicitadas pela defesa do ex-presidente

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Ex-presidente Jair Bolsonaro em evento em Orlando, na Flórida Joe Skipper/Reuters

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouve na tarde desta segunda-feira (27) o depoimento de cinco pessoas como testemunhas em uma ação que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.

Deverão falar:
* O deputado Filipe Barros (PL-PR);
* O ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO);
* Os jornalistas Augusto Nunes, Guilherme Fiuza e Ana Paula Henkel.

Os depoimentos serão feitos por videoconferência e de forma presencial, a partir das 14h. O pedido para as oitivas foi feito pela defesa de Bolsonaro.

Dos cinco, só Filipe Barros deve depor presencialmente, na sede do TSE.

Os depoimentos foram autorizados pelo corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, no domingo (19). O magistrado também aprovou o pedido dos advogados de Bolsonaro para ter acesso a dados sobre exames periciais feitos pela Polícia Federal na minuta de decreto de Estado de Defesa encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres.

As oitivas fazem parte de ação em que o PDT acusa Bolsonaro de abuso de poder político ao fazer uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto, em junho de 2022, em que fez ataques ao sistema eleitoral.

A defesa do ex-presidente argumentou que os novos depoentes podem elucidar fatos relacionados ao processo.

Barros, por exemplo, foi o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, rejeitada pela Câmara em 2021. Também teve acesso a inquérito da PF que apurava ataque hacker ao TSE.

Bolsonaro divulgou dados desse inquérito em uma live em seus perfis nas redes sociais, em 2021.

O depoimento dos jornalistas foi solicitado porque, segundo a defesa do ex-presidente, eles “efetivamente participaram” de entrevista com Bolsonaro, em agosto de 2021, sobre os fatos divulgados na live.

Conforme a defesa de Bolsonaro, eles poderão contribuir com “efetivos esclarecimentos sobre o contexto em que surgiu o interesse jornalístico sobre o tema versado no Inquérito Policial 1361/2018-4/DF, sobre as atitudes dos Investigados face aos fatos e sobre os bastidores do programa, não capturados, por óbvio, por meio de simples degravação”.

O ex-ministro e ex-secretário Anderson Torres foi ouvido, em 16 de março, no curso dessa mesma ação no TSE.

Na ocasião, Torres classificou a minuta de decreto de Estado de Defesa, encontrada em sua casa, de “lixo”, “loucura” e “folclore”.

FONTE: Por CNN

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