O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) pediu na quarta-feira (16) a extradição de Alef Teixeira de Souza, suspeito de cometer um feminicídio em Ipatinga (MG), que foi preso na Colômbia na terça-feira (15).
A prisão foi realizada pela Interpol, com o apoio da Polícia Civil, MP-MG e da Polícia Federal (PF).
De acordo com a Polícia Civil, Souza já tinha cometido outros crimes contra mulheres com o mesmo modo de agir apresentado no caso registrado em Ipatinga. O crime no município mineiro aconteceu em 2021.
“Ele se aproximava de mulheres por meio de aplicativos de relacionamentos, conseguindo morar junto com as vítimas e passando a submetê-las ao vício em drogas injetáveis e constantes espancamentos e torturas”, relata o delegado Marcelo Franco Marino, responsável pelo caso.
Além desses crimes, o suspeito também responde por envolvimento com tráfico de drogas. Souza teve a prisão preventiva decretada e ficou foragido desde a data do feminicídio. A rota de fuga do suspeito foi rastreada pela equipe de inteligência da Polícia Civil em Ipatinga.
A denúncia do MP apresentada à Justiça aponta que, após a morte da vítima, o suspeito se apossou das redes sociais da ex-companheira e, se passando por ela, passou a enviar aos familiares mensagens e vídeos afirmando que estava tudo bem.
Em determinado momento, utilizando seu próprio perfil no Instagram, Souza teria comunicado à família sobre a morte da mulher e, nesta mesma ocasião, desativou todas as suas redes sociais.
Ele foi denunciado pelo homicídio com três qualificadoras: meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Juntas, as penas podem chegar a 30 anos de reclusão. Por tráfico de drogas, a condenação pode ser de cinco a 15 anos de prisão.
A Polícia Civil diz ainda que ele teria diversos contatos internacionais. Há um histórico de viagens para os Estados Unidos e para o Uruguai relacionados a negócios.
A defesa de Souza foi procurada pela CNN, mas ainda não respondeu.
FONTE: Por CNN