
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (24), uma operação que investiga um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro (veja detalhes abaixo).
Entre os alvos estão Jair Renan Bolsonaro, filho ex-presidente Jair Bolsonaro, e o instrutor de tiro Maciel Carvalho. Há ainda um terceiro investigado na operação, Eduardo Alves dos Santos, que atuaria como “testa de ferro” no esquema.
O advogado de Jair Renan Bolsonaro, Admar Gonzaga, afirmou que o filho do ex-presidente foi surpreendido ao ser alvo de buscas da Polícia Civil, ao blog da jornalista Andréia Sadi. O g1 tenta contato com a defesa dos outros citados.
Atualmente, o filho “04” do ex-presidente atua como Auxiliar Parlamentar Pleno do senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC). A nomeação foi publicada no “Diário Oficial da União” em março deste ano.
De acordo com o Senado, um cargo desse tipo tem remuneração de R$ 7,6 mil – valor líquido (após descontos) somado o auxílio-alimentação.
Nas redes sociais, Jair Renan se apresenta como empresário, gamer, influenciador digital e estudante de Direito. Ele é irmão, por parte de pai, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
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Já Maciel Carvalho, de 41 anos, acumulava 426 mil seguidores em uma rede social até janeiro deste ano, quando foi preso, alvo de outra operação da Polícia Civil do DF. O g1 não encontrou o perfil dele na rede social nesta quinta-feira.
Maciel é suspeito de vender armas ilegalmente e forjar documentos para ter registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Ele atuava como instrutor de tiro no clube em que Jair Renan fazia treino. Em redes sociais, os dois compartilhavam imagens juntos em locais como festas.
Operação
O mandado contra Jair Renan é cumprido em dois endereços: no apartamento onde ele mora em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e em um prédio no Sudoeste, área nobre de Brasília. Ao todo, os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão.
O grupo agiria a partir de um laranja e de empresas fantasmas, usadas pelo alvo da operação. A apuração da reportagem aponta ainda que o grupo usava a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, usada para abertura de conta bancária e proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.
Os investigados teriam forjado relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento deles.
FONTE: Por G1