Início Política Saída de brasileiros de Gaza provoca desconforto entre Planalto e Itamaraty

Saída de brasileiros de Gaza provoca desconforto entre Planalto e Itamaraty

Avaliação é que o vazamento de informações e previsões de possíveis aberturas da passagem de Rafah atrapalham os trabalhos

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Lula e o chanceler Mauro Vieira no Palácio do Itamaraty; representantes do Planalto estão criando problemas para membros da pasta de Relações Exteriores 02/05/2023 - CNN

No afã de colher ganhos políticos com os esforços de retiradas dos brasileiros de Gaza, representantes do Palácio do Planalto estão deixando os diplomatas do Itamaraty numa saia justa.

A avaliação é que o vazamento de informações e previsões de possíveis aberturas da passagem de Rafah, no Egito, atrapalham os trabalhos para a retirada dos cerca de 30 brasileiros.

Na condição de anonimato, os diplomatas explicam que se trata de uma negociação internacional da qual o presidente Lula (PT) participa ativamente, mas também os governos dos Estados Unidos e dos países da União Europeia, e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Os diplomatas afirmam também que, quando a passagem abrir, não será apenas para a saída dos brasileiros, mas para a formação de um corredor humanitário, que permita a retirada de estrangeiros e a entrada de ajuda humanitária.

A prioridade do Brasil são, sim, os seus nacionais, mas a negociação é complexa, envolvendo diferentes países, como Estados Unidos, União Europeia, a ONU, além de Egito, Israel e o Hamas. Os três lados ficam empurrando as responsabilidades, o que muda o cenário o tempo todo.

E que, mesmo os Estados Unidos, com toda a sua a influência sob Israel, encontra dificuldades. Os EUA têm 600 americanos que desejam retirar de Gaza. Os diplomatas alertam que vazamentos de informações antes da hora podem até colocar em risco os brasileiros.

Para o Palácio do Planalto, o bate-cabeça na divulgação de informações acaba sendo natural nesse tipo de situação com as novas tecnologias. Muitos têm acesso a contatos e imagens diretamente da região do conflito, e é grande a preocupação com o que acontece na região.

FONTE: Por CNN

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