A Marinha indiana disse nesta quinta-feira (18) que resgatou a tripulação de uma embarcação de propriedade dos Estados Unidos no Golfo de Áden após um ataque do movimento Houthi, do Iêmen, em meio a tensões nas rotas marítimas da região do Mar Vermelho que têm afetado o comércio global.
Após o ataque ao navio norte-americano Genco Picardy na noite de quarta-feira (17), as Forças Armadas dos EUA disseram que suas forças realizaram ataques contra 14 mísseis houthis que “representavam uma ameaça iminente a embarcações mercantes e navios da Marinha dos EUA na região”.
Desde novembro, os ataques da milícia houthi, aliada do Irã, contra navios no Mar Vermelho e em suas imediações têm reduzido a velocidade do comércio entre a Ásia e a Europa e alarmado as principais potências em uma escalada da guerra entre Israel e os militantes palestinos do Hamas em Gaza.
Os Houthis dizem que estão agindo em solidariedade aos palestinos e ameaçaram atacar navios dos EUA em resposta aos ataques norte-americanos e britânicos contra posições do grupo.
A estratégia adotada pelo presidente dos EUA, Joe Biden – uma combinação de ataques militares limitados e sanções – parece ter como objetivo evitar um conflito mais amplo no Oriente Médio, mesmo quando Washington busca punir os Houthis, segundo especialistas em segurança e militares.
Mas não está claro se isso atingirá o principal objetivo de Biden: interromper os ataques de militantes que estão causando gargalos no fornecimento e aumentando os temores de que a inflação possa reacender.
A Índia desviou um navio de guerra destacado para a região para resgatar os 22 tripulantes a bordo do Genco Picardy, incluindo nove indianos. Todos os tripulantes estavam a salvo e um incêndio a bordo da embarcação havia sido extinto.
O movimento houthi afirmou que seus mísseis atingiram “diretamente” o navio. A operadora de navegação Genco confirmou o ataque e disse que seu navio foi atingido por um projétil enquanto passava pelo Golfo de Áden com uma carga de rocha fosfática.
FONTE: Por CNN