Seis policiais militares suspeitos de torturar uma moradora do Educandos, Zona Sul de Manaus, durante uma operação, foram desligados da Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop), vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). A informação foi divulgada pelo órgão nesta segunda-feira (26).
Ao g1, a SSP-AM disse que instaurou um processo administrativo para apurar o caso e que, mesmo desligados da Seaop, os agentes estão estão desempenhando atividades internas. A pasta também disse que não compactua com o desvio de conduta dos servidores.
O caso aconteceu em agosto do ano passado. Na época, segundo o órgão, os policiais militares, armados com fuzis chegaram à casa da vítima, que também funciona como distribuidora de bebidas, e arrombaram o gradil. Eles iniciaram uma sessão de tortura contra ela à procura de drogas e armas que, supostamente, seriam do namorado dela.
Logo após o caso, o MP chegou a pedir a prisão preventiva de dois dos policiais.
Na semana passada, o MP denunciou os seis policiais militares pelos crimes de abuso de autoridade, lesão corporal, furto qualificado e falsidade ideológica.
“A denúncia é resultado da investigação na qual ocorreu a Operação Tertium Genus do MP, em agosto de 2023, que obteve na Justiça a prisão preventiva de dois integrantes da SEAOP”, disse o órgão.
Ainda conforme o órgão, após as prisões dos agentes, a investigação passou a contar com a participação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com a oitiva de testemunhas e análises de provas produzidas.
FONTE: Por G1 AM