A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) da Moderna, anunciou a empresa nesta sexta-feira (31), abrindo uma chance de obter a tão necessária nova receita com um segundo produto.
A vacina da Moderna foi aprovada pela FDA para a prevenção da doença do trato respiratório inferior associada ao RSV a adultos com 60 anos ou mais.
A empresa havia dito anteriormente que sua vacina poderia ser usada para tratar a doença respiratória aguda associada ao RSV, assim como a doença do trato respiratório inferior, e suas ações caíram mais de 4%.
O RSV, que produz sintomas semelhantes aos de um resfriado mas pode ser fatal para crianças pequenas e adultos mais velhos, causa cerca de 14.000 mortes por ano em adultos com 65 anos ou mais.
A empresa sediada em Cambridge, Massachusetts, tem apostado em vacinas experimentais para compensar a queda na demanda pelas vacinas da Covid-19, seu único produto comercializado.
A vacina contra o RSV da Moderna é a primeira baseada em RNA mensageiro (mRNA) não direcionada à Covid-19 a ser aprovada nos Estados Unidos. Ela será vendida com o nome comercial de mRESVIA.
A empresa disse que as vacinas de mRNA, que ensinam o corpo a produzir proteínas específicas que o sistema imunológico pode reconhecer e atacar, têm o potencial de tratar várias doenças e ser mais eficazes do que as vacinas convencionais.
“A aprovação de nosso segundo produto pela FDA, a mRESVIA, baseia-se na força e na versatilidade de nossa plataforma de mRNA”, disse o CEO da Moderna, Stephane Bancel, em comunicado.
Os analistas preveem, em média, vendas da vacina contra o RSV da Moderna de US$ 340 milhões em 2024, crescendo para US$ 830,5 milhões no próximo ano, de acordo com dados da LSEG.
Um painel de consultores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA vai deliberar no próximo mês sobre as recomendações para o uso da vacina e a população-alvo.
A Moderna diz esperar que a vacina esteja disponível para os pacientes elegíveis nos EUA até a temporada de vacinação do outono.
FONTE: Por REUTERS